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200 ANOS DE ALAGOAS: Ricardo Ramos Filho, o DNA herdado do avô, Graciliano Ramos

21/03/2017
200 ANOS DE ALAGOAS: Ricardo Ramos Filho, o DNA herdado do avô, Graciliano Ramos
Solenidade na abertura da homenagem a Graciliano Ramos foi prestigiada por várias autoridades (Foto: Kelly Marques)

Solenidade na abertura da homenagem a Graciliano Ramos foi prestigiada por várias autoridades (Foto: Kelly Marques)

Ele não chegou a conviver com o avô, o escritor e ex-prefeito de Palmeira dos Índios, Graciliano Ramos, mas, seguramente, herdou o DNA inspirador da família e também do pai, Ricardo. “Nascei e cresci entre livros”, revela Ricardo Ramos Filho, o neto de uma das famílias mais brilhantes do Estado de Alagoas. É mestre em Letras pela Universidade de São Paulo e autor de mais de 20 obras para os públicos infantil e juvenil. Além de escritor, também é roteirista.

É autor do livro “Nada de novo na fronte”, datado de 2016, que relata a história do filho de uma humilde família alemã durante a Primeira Guerra Mundial. Convencido do seu dever patriótico, abandona os bancos escolares e junta-se às trincheiras de soldados alemães.

Ricardo Ramos Filho esteve nesta segunda-feira, 20, na Apalca, em Palmeira dos Índios, para prestigiar o lançamento de um projeto em comemoração aos 200 anos de Alagoas e que está homenageando Graciliano Ramos. As homenagens acontecem até o dia 24, com vídeos a serem exibidos, gratuitamente, sobre a vida e obras do escritor, na Praça da Independência.

Ricardo Ramos Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 1954 e, aos quatro anos, foi morar em São Paulo.

O secretario de Estado de Comunicação, o jornalista Ênio Lins, compareceu ao evento, que também foi prestigiado pelo também jornalista Ivan Barros, membro efetivo da Academia Alagoana de Letras;  sócio da Academia Brasileira de Imprensa e da Academia Alagoana de Imprensa; e, ainda, sócio fundador da Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes.

Cineasta também prestigia homenagens a Graciliano

O cineasta Ney Sant’Anna, filho de Nelson Pereira dos Santos, o diretor de Vidas Secas, também prestigiou o evento, que foi lançado oficialmente no auditório do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), também em Palmeira dos Índios. Nascido em São Paulo, mas morador do Rio de Janeiro, também é cineasta, faz teatro e televisão. Revela que seu pai é ‘afilhado’ de Jofre Soares e que dirigiu filmes como ‘Memórias do Cárcere’, em 1984, do gênero drama biográfico, roteirizado como uma adaptação do livro homônimo de Graciliano Ramos, além de ‘Raízes do Brasil’ e ‘Casa Grande e Senzala’, sempre acompanhando o pai nesses trabalhos. Além de Palmeira dos Índios, o filme ‘Vidas Secas’ (1963) teve cenas gravadas em Minador do Negrão.

Está em Alagoas, a convite do secretário de Estado de Comunicação, o jornalista Ênio Lins, e garante que vai voltar com frequência, em função das belezas locais e da hospitalidade dos alagoanos. Entre as praias que conheceu, esta semana, relata a beleza de Carro Quebrado.

O espetáculo teatral “Graciliano, um brasileiro alagoano – Memórias de Heloísa”, adaptação da obra do escritor alagoano e trechos do historiador Silviano Santiago, assinada por Paulo Poeta, será apresentada durante a semana dedicada ao escritor, por meio das ações de comemoração ao Bicentenário de Emancipação Política de Alagoas.

A partir das 19 horas, no auditório do Ifal de Palmeira dos Índios, com entrada gratuita.