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Vigilância Sanitária Estadual alerta para riscos de produtos tradicionais no Carnaval
Com a chegada das prévias de Carnaval, a população se prepara para aproveitar os dias de folia, com o uso de produtos típicos, como espumas, confetes e serpentinas, que dão o tom dos festejos. Mas esses produtos, quando não utilizados adequadamente, podem trazer sérios prejuízos à saúde, segundo alerta a Vigilância Sanitária Estadual.
Por isso, segundo o gerente da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra, é necessário adotar alguns cuidados no momento de manusear estes produtos, visando evitar consequências graves. Isso porque, a espuma de neve, por exemplo, que é bastante popular entre as crianças, pode provocar reações alérgicas e irritação nos olhos.
“É preciso saber usar a espuma, ler os cuidados descritos na embalagem e sempre comprar produtos com selo de qualidade. Também é importante mantê-la longe de churrasqueiras e locais que aumentem sua temperatura, pois o gás que a compõe pode explodir, caso seja superaquecido”, pontuou Paulo Bezerra.
Outra tradição, aparentemente inofensiva do Carnaval, são os confetes e serpentinas metalizados. “Essas mercadorias, em sua forma metalizada, podem gerar curtos circuitos ao entrar em contato com fios desencapados. No caso da serpentina, que fica presa a mão, pode provocar um choque fatal em contato com o fio. Para evitar isso, a recomendação é usar os adereços de papel”, esclareceu, ao salientar que os pais devem ficar atentos às crianças.
Doses de Bebidas
Já para os adultos, todo cuidado é necessário com as bebidas de rua, vendidas por meio de doses. Bezerra lembrou que as fábricas clandestinas costumam misturar iodo para que fiquem com a cor de uísque. No entanto, a substância é altamente danosa para os rins, causando danos irreversíveis.
“Até para o médico fica complicado o tratamento, pois como a bebida não tem origem, ele não vai saber quais substâncias foram ingeridas pelo paciente”, contou Paulo Bezerra. Ele disse, ainda, que para brincar o Carnaval não precisa de estimulante, ou melhor, anestesiante. E lembra que o uso de substâncias inalantes, a exemplo do lança perfume e do loló são proibidos por lei.
O gerente da Vigilância Sanitária Estadual esclareceu que o lança perfume é um produto industrializado, que entra no país via contrabando, sendo legalizado em outros países, a exemplo da Argentina. “O lança perfume provoca excitação, alucinação, formigamento de extremidades do corpo, como mãos e pés, ruído alto no ouvido e pode ser fatal se misturado com o álcool”, alertou.
Já o loló, ainda de acordo Paulo Bezerra, é feito de forma caseira, a partir de produtos como formol, acetona e álcool, misturados com essências de frutas. O gerente da Vigilância de Sanitária Estadual ressaltou que os dois possuem efeitos similares e representam um grave risco à saúde, além de terem seu consumo e comércio proibidos no Brasil.
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