Política

Raimundo Lira retira candidatura e Edison Lobão será presidente da CCJ do Senado

08/02/2017
Raimundo Lira retira candidatura e Edison Lobão será presidente da CCJ do Senado
Renan Calheiros emplacou Lobão (foto) na CCJ do Senado (Foto: folhavitoria)

Renan Calheiros emplacou Lobão (foto) na CCJ do Senado (Foto: folhavitoria)

O senador Edison Lobão (MA) será indicado pela bancada do PMDB como novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Depois de uma semana de disputa entre dois grupos internos do partido, em que mediram forças o novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), e seu antecessor no cargo e agora líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), Raimundo Lira (PB) decidiu retirar sua candidatura com a alegação de não querer rachar a legenda. Caso persistisse a indefinição sobre o indicado para o comando do colegiado, o mais importante na Casa, a sigla levaria a questão a voto na tarde desta quarta-feira, 08, – eleição com potencial para colocar próceres peemedebistas em atrito.

Investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), Edison Lobão é um dos peemedebistas citados na Operação Lava Jato. Agora, vai presidir a principal comissão do Senado, por onde passam as análises de constitucionalidade dos principais projetos. Além disso, cabe ao colegiado promover sabatina de indicados da Presidência da República ao STF – assim, crescem as expectativas quanto à escolha de Michel Temer pelo ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes, até esta terça, filiado ao PSDB e já licenciado da pasta. Uma vez empossado, Moraes exercerá a função de revisor da Lava Jato, o que é motivo de protesto da oposição hoje formado por petistas e partidos aliados, como o PCdoB.

Com ampla maioria parlamentar no Senado, o governo já dá como certa a aprovação de Moraes. Segundo o próprio Eunício, a aprovação da indicação de Temer para o STF já deve estar pronta para o plenário no próximo dia 22. A vaga a ser preenchida na corte é deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto em 19 de janeiro. No entanto, dada a natureza especial dos processos – o magistrado morreu na semana anterior à homologação de delações premiadas da Odebrecht –, a presidente do STF, Cármen Lúcia, antecipou-se à escolha do substituto e homologou os acordos. Depois, um sorteio definiu o ministro Edson Fachin como novo relator do caso.