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Nossa Mãe, Maria Santísima

08/02/2017
Nossa Mãe,  Maria Santísima

Maria Santíssima não é só a Mãe de Jesus. Ela também é Nossa Mãe, é Sua Mãe, é Minha Mãe. Antes d’ela ser a Mãe da Igreja, da Paróquia ou da Diocese, ela é Nossa Mãe. É com Maria que a humanidade caminha rumo aos ensinamentos do Cristo: “Fazei tudo que Ele mandar!”. É esse Mestre dos Mestres que nos conduz a Deus, ao Pai Eterno. Com Maria alcançamos seu Filho e nos espelhamos nele (em atos e ações), como o Caminho, a Verdade e a Vida.

Maria, a maior educadora da história da humanidade, não só ensinou o Mestre de Nazaré quando criança e adolescente em Belém e na Galiléia. Como Mãe Peregrina, que acompanhou seu filho em todos os momentos (inclusive, fugindo com Ele para o Egito) até sua morte no Calvário, ela continua nos seguindo e nos ensinando como Mãe Adotiva e discípula de Jesus e Serva de Deus. Como disse João Paulo II, por ter sido Mãe do Redentor, Maria não nos corrige em nossas faltas.

Isso fica a cargo do Cristo e do Pai Eterno. Ela apenas nos ensina a refletir sobre nossos erros cometidos. Como Mãe e Educadora, ela não desiste facilmente de voltar seus olhos sobre nós, tanto nos instantes de alegria quanto nos dias de tristeza. Como Mãe do Amparo, ela nos estimula a recomeçar, na busca de novo caminho. Como Mãe da Piedade, ela não nos deixa caminhar sozinho. Ela caminha conosco na direção do Cristo Glorificado.

Jesus, o Nazareno, desde cedo sabia da importância de Maria em sua vida íntima e em sua vida pública. E tanto isso é verdade que Ele permitiu (mesmo a contragosto) que ela decidisse quando seria praticado seu primeiro milagre público. Isso aconteceu nas Bodas de Caná, na Galiléia, durante a comemoração das núpcias de casamento de André, irmão de Pedro.

Maria, Mãe do Perpétuo Socorro é tão importante na história dos povos que em dois livros sagrados (a Bíblia e o Alcorão) exalta-se seu nome, sendo que, entre nós, cristãos, existe o culto à sua vida e à sua obra. Aliás, Maria, entre suas virtudes humanas, simboliza Amor, Ternura, Piedade, Compaixão e Singeleza de Deus.
E por ser difícil entender o mistério da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), o Pai Eterno possibilitou a todos nós, cristãos e católicos, a providência de conhecer e venerar Maria, a Mãe do Redentor, como a realidade central da nossa fé, na esperança de dar a conhecer os mistérios divinos.

Por isso, a presença singular de Maria, Nossa Senhora do Socorro, em nossa vida nos possibilita a compreensão do segredo que envolve a crença na Existência de Deus, no plano espiritual. Sem a interferência de Maria em nossas vidas, fica difícil compreender os mistérios que envolvem o Pai, o Filho e o Espírito Santo, como sendo uma só pessoa em potência, poder e divindade.

A devoção à Maria, Mãe da Igreja e Nossa Mãe, constitui uma admirável riqueza na nossa fé. Maria de Nazaré (do Calvário e de Pentecostes) ocupa um lugar especial em nossos corações.

Desde a origem da terra (da queda de Adão e de Eva, no Livro dos Gêneses), Maria tem seu lugar presente na história da salvação humana. Sua existência como mulher, esposa, filha e serva se estendem pela Antiga Aliança, definindo-se em maior graça e importância no Novo Testamento. Sua personalidade foi construída ao longo dos tempos e se imortalizou na sua relação com Jesus, o Filho de Deus Encarnado, concebido por obra do Espírito Santo. Maria assume seu papel de vanguarda na vida cristã, distribuindo fé e alimentando esperança.

Maria das Graças e Compadecida constitui a base da nossa fé cristã. Ela representa a Ternura do Pai, a Fidelidade do Filho e a Força do Espírito Santo, numa linguagem acessível que permite aos fiéis reconhecerem o mistério da divindade do Pai Eterno.

Afinal, quem vê a Mãe, vê o Filho, e, consequentemente, verá o Pai! Quem venera Maria Santíssima, a Mãe Penitente do Bom Conselho, também glorifica Jesus Cristo, o Filho Misericordioso do Deus do Amor… Pensemos nisso! Por hoje é só.