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Leilão de usinas mineiras da falida da Laginha será em abril

12/02/2017
Leilão de usinas mineiras da falida da Laginha será em abril
Usina do Vale da Parnaíba irá a leilão em abril (Foto: diariodopoder)

Usina do Vale da Parnaíba irá a leilão em abril (Foto: diariodopoder)

O juiz Leandro Folly, responsável pela condução do processo judicial da Massa Falida da Laginha Agroindustrial S/A, marcou para as 9h da manhã do dia 28 de abril o leilão das duas usinas mineiras do grupo empresarial do setor da indústria sucroenergética, levado à falência pelo ex-deputado federal João Lyra (PSD-AL). A iniciativa do sexto juiz nomeado para conduzir o processo falimentar, reacende as esperanças pelo fim da guerra judicial que impede que pelo menos R$ 400 milhões sejam injetados na economia de Alagoas e Minas Gerais, a partir da arrecadação obtida no leilão das usinas mineiras Triálcool e Vale do Paranaíba.

O montante arrecadado será obrigatoriamente destinado ao pagamento de credores, fornecedores e desempregados, que agonizam à espera do avanço efetivo do processo de falência de um dos maiores grupos empresariais de Alagoas

COMEÇO DO FIM – Nomeado em dezembro de 2016, para o processo que se arrasta há oito anos, o novo magistrado sinaliza ter a compreensão de que o processo de falência da Laginha Agroindustrial S/A precisa caminhar para o final das interferências externas que protelam o pagamento da dívida de cerca de R$ 2 bilhões com cerca de 40 mil credores e trabalhadores de Alagoas e Minas Gerais.

Ainda mais pelo fato de, em 16 de dezembro de 2016, a Justiça ter negado o pedido de interdição do ex-deputado federal e empresário falido João Lyra, feito pelos seus filhos, considerados pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL) como ilegítimos para interferir no processo de falência.

A improcedência da Ação de Interdição foi declarada em sentença da juíza da 24ª Vara Cível Capital/Família, Maysa Cesário Bezerra, em resposta ao pedido formulado por Lourdinha Lyra, Guilherme Lyra, Thereza Collor, Cristina Lyra e Ricardo Lyra, que agem interessados na “preservação do patrimônio” da Massa Falida da Laginha, que precisa ser vendido para garantir o objetivo principal do processo falimentar: o pagamento das dívidas.