Geral

Soares, Cruz ou Jeam? Canindé busca dono da 9 e põe atacantes à prova

13/01/2017
Soares, Cruz ou Jeam? Canindé busca dono da 9 e põe atacantes à prova

O CSA iniciou o amistoso contra o Confiança com uma formação diferente. Oliveira Canindé decidiu testar uma equipe com maior mobilidade e colocou Luís Soares como falso 9 no ataque azulino. O time ganhou em velocidade, na tabelinha curta. Perdeu, no entanto, no quesito força, fundamental para quebrar defesas bem postadas e compactas. Soares pouco se mexeu e foi facilmente anulado pelo adversário. Na descida para o intervalo, o jogador precisou encarar vaias e aplausos dos torcedores do alambrado.

A estratégia mudou para o segundo tempo. O articulador Geovani saiu para a entrada de Daniel Cruz, deslocado para o centro do ataque. Soares voltou para a posição original, de ponta-direita, e Clayton ficou responsável por armar as jogadas pelo meio. Essa formação ainda encontra resistência em Oliveira Canindé, que não vê em Daniel as características ideais de um camisa 9.

– O Daniel tem dificuldades por dentro. Ele é jogador de velocidade. Se eu colocá-lo por dentro, ele vai trombar, vai precisar de espaço e não vai ter. Em um jogo truncado como esse, você precisa de posse e aproximação. Mesmo pelo lado, quando você tem um atleta marcando o tempo inteiro, ele não tem como jogar. Precisa de muita movimentação para ele ficar no mano-a-mano. Isso aí é da característica dele. Se ele resolvesse por dentro, eu o colocaria porque também preciso. Nós queríamos e torcíamos para que desse certo o que estava conversando antes, mas infelizmente não deu – disse o treinador em entrevista coletiva após a partida.

O pensamento de Canindé pode ser percebido pelo tempo que Daniel ficou como centroavante no amistoso contra o Confiança. Foi por um período curto, do intervalo até os 14 minutos. Depois disso, Jeam entrou na equipe e acabou cometendo muitas faltas. Canindé explicou que as mudanças buscavam dar ritmo ao máximo de jogadores do elenco.

A desvantagem no placar agravou a vida do CSA. O Confiança se fechou atrás do meio-campo, diminuiu os espaços e gastou o tempo quando tinha o domínio da bola. O Azulão precisava de alternativas para jogar pelo meio, um centroavante para romper o bloqueio. Canindé não esconde que o jogo pedia por um centroavante, peça que pode estar em falta no elenco.

Soares, do CSA, disputa bola com jogador do Confiança (Foto: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas)

– Em um jogo como esse, é claro que, de imediato, ele entra, porque você precisa de uma referência, de um homem que brigue, que crie espaço para quem vem de trás e chega pelos lados. É claro que você precisa. Agora também pode trabalhar com atletas de movimentação e chegada rápida. É claro que precisa dessa opção, porque quando encontrar um adversário como pegamos hoje, totalmente fechado do meio para trás, você precisa forçar o jogo – afirmou.

Os testes contra o Confiança serviram para Canindé diminuir as dúvidas. O treinador tem uma quarta alternativa para o posto de atacante principal da equipe. Com Soares, Daniel Cruz e Jeam testados em jogo, resta a opção por Alex Henrique. O meia-atacante atuou nessa função por muito tempo no ASA e vinha sendo utilizado pelo técnico azulino nos treinamentos. Uma lesão, contudo, impediu o atleta de participar dos amistosos. Cena para os próximos capítulos.