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IMA identifica responsável por mortandade de peixes no rio Camaragibe

12/01/2017
IMA identifica responsável por mortandade de peixes no rio Camaragibe
Análise comprovou que houve um despejo de carga orgânica e variação de temperatura fora dos padrões permitidos. Foto: Ascom/IMA

Análise comprovou que houve um despejo de carga orgânica e variação de temperatura fora dos padrões permitidos. Foto: Ascom/IMA

O Laboratório de Estudos Ambientais do Instituto do Meio Ambiente (IMA), concluiu a análise das amostras coletadas no rio Camaragibe, no município de Matriz do Camaragibe. Com o documento disponibilizado, na manhã desta quinta-feira (12), a Gerência de Monitoramento e Fiscalização autuou uma usina de cana-de-açúcar da região como responsável pela emissão irregular de carga orgânica.

As coletas foram realizadas no dia 5 de janeiro, próximo à Usina Camaragibe, após o recebimento de denúncias sobre o aparecimento de peixes mortos. Foram cinco amostras recolhidas à montante, jusante e na zona de mistura – onde se misturam o corpo hídrico e o efluente que deve ser lançado obedecendo à definição de parâmetros pré-estabelecidos e o equilíbrio físico, químico e biológico.

O problema foi exatamente identificado na zona de mistura. A análise comprovou que houve um despejo de carga orgânica e variação de temperatura fora dos padrões estabelecidos pela Resolução 430/2011 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Identificada como responsável, a Usina Camaragibe recebeu uma autuação no valor aproximado de R$ 30 mil e a determinação para cessar imediatamente com o lançamento. O prazo para defesa é de 20 dias, a contar da data de emissão do auto.

Nova denúncia – Na manhã desta quinta-feira (12), a Gerência de Monitoramento e Fiscalização recebeu denúncia de que teria ocorrido uma mortandade de peixes no município de Jequiá da Praia. A Secretaria de Meio Ambiente do município informou ao IMA que também está monitorando o problema.

“Nossa equipe do Laboratório fará a coleta de amostras, ainda na quinta-feira, para verificar o que pode ter provocado o problema. Apenas com o resultado poderemos fazer alguma afirmação ou indicar possíveis responsáveis”, comentou Ermi Ferrari, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IMA.