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Seduc promove formação em educação quilombola com professores da rede

05/12/2016
Seduc promove formação em educação quilombola com professores da rede
Reformulação de conhecimento sobre povos quilombolas enriquece ensino.Fotos: José Demétrio e acervo Secom-AL

Reformulação de conhecimento sobre povos quilombolas enriquece ensino.Fotos: José Demétrio e acervo Secom-AL

Compreender e identificar a herança quilombola na escola e como aproveitar este conhecimento na reelaboração dos projetos pedagógicos. Essa foi a temática da formação em educação escolar quilombola que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) iniciou este mês com professores da rede pública estadual e municipal.

A ação faz parte do programa Alagoas Ambundu – uma referência ao grupo étnico angolano que representa os primeiros africanos a povoar Alagoas – que visa estimular novas práticas pedagógicas a partir das especificidades históricas e culturais das comunidades quilombolas.

“As formações são uma oportunidade para dialogar com os educadores, onde conversamos sobre o que é ser quilombola, quais os programas existentes para as escolas quilombolas e como estas informações podem ser revertidas na reelaboração de projetos pedagógicos e execução de ações voltadas à matriz africana e quilombola, tendo como foco o nosso estudante”, explica o supervisor das Diversidades da Seduc, Zezito Araujo.

Tapera – Uma das formações do programa aconteceu no Povoado Caboclo, em São José da Tapera. Esta é a única comunidade quilombola do estado a possuir uma escola de ensino médio, a Escola Estadual do Caboclo. Na formação realizada na Escola Municipal Antônio Agostinho, educadores da rede estadual e municipal discutiram a temática e aprovaram a iniciativa.

“Esta formação veio em boa hora, pois trabalhamos com adolescentes que poderão entender melhor sua ancestralidade quilombola. Também nos ajudará a reprogramar a escola pedagogicamente para o ano letivo 2017”, afirma a coordenadora pedagógica da Escola Estadual do Caboclo, Gicelma Soares.

Professor da rede municipal de São José da Tapera, Sidjânio Vieira também apontou os benefícios da formação.

“É uma experiência enriquecedora não só para mim, que leciono história, mas para toda a comunidade, que passa conhecer melhor sua história e se reconhecer quilombola”, observa Vieira.

Segundo Zezito Araujo, novas formações acontecerão em 2017.