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Armazéns ociosos da Conab serão transferidos a estados e municípios

26/12/2016
Armazéns ociosos da Conab serão transferidos a estados e municípios
Feira livre de Palmeira hoje causa complicações urbanas no Centro

Feira livre de Palmeira hoje causa complicações urbanas no Centro

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá ceder armazéns que estão ociosos em diferentes regiões do país para atender a necessidades de produtores locais. A primeira cessão foi feita No dia 7 ao município de Chapadão do Sul (MS). A decisão, anunciada pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), visa também desonerar a União pela manutenção dessas unidades.

São 177 armazéns no país e 17 em Mato Grosso do Sul. No interior de Alagoas, destaca-se o armazém de Palmeira dos Índios. A Conab está fazendo levantamento de quais estão em desuso. O ministro Blairo Maggi adiantou que, em reunião com o presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, nesta quarta, decidiu pelo encerramento do programa voltado à construção de novos armazéns. O governo gasta de R$ 2 a R$ 3 milhões com o programa por ano, observou.

Blairo Maggi afirmou que houve mudança no pensamento e na direção de governo e que o papel da Conab deve estar voltado ao acompanhamento de safras e à política de preços. “A manutenção de armazéns se justifica apenas em raríssimos casos”. Por isso, acrescentou, o objetivo é ceder ou vender as unidades ociosas a estados e municípios, que poderão fazer parceria com a iniciativa privada.

O prefeito de Chapadão do Sul, Luiz Felipe Magalhães, se encarregará, durante o período de dois anos de cessão, de reformar e de equipar o armazém, que deverá atender aos produtores, especialmente os pequenos, da região.

O evento teve a participação do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, de parlamentares e de vereadores.

Palmeira dos Índios

Toda cidade que deseja crescimento necessita desafogar suas ruas centrais e hoje em dia é inadmissível em meio a um transito caótico comum em várias cidades do interior, a feira livre tomar um ou dois dias da semana e ocupar as ruas centrais atrapalhando o tráfego e os comerciantes.

Um exemplo foi em Arapiraca, que também possuía uma feira tradicional pelas principais ruas da cidade e a realidade foi mudada – em que pese os protestos iniciais – e a feira saiu do Centro da cidade e passou a ocupar um espaço específico e padronizado, melhorando o aspecto urbanístico e também a comodidade dos munícipes frequentadores da feira livre e dos próprios feirantes. A cidade passou a ser reordenada e melhorou o fluxo de veículos.

Em Palmeira dos Índios com o espaço generoso da CONAB, em sendo doado para o município, toda a estrutura e terreno constante do imóvel pertencente a união poderia abrigar a tradicional feira livre da cidade, desta feita padronizada, bem como outros quiosques permanentes, dando mais comodidade tanto para feirantes como usuários, o que daria ares de modernidade à cidade.

O historiador Ivan Barros lembra que nas décadas de 60 e 70, nas proximidades do armazém da Conab, na Estação Ferroviária, nas madrugadas de sextas-feiras, era realizada a “Feira do bacurau” onde se vendia frutas e verduras aos palmeirenses.

Com a recuperação e revitalização da Estação Ferroviária (já iniciada), a construção do novo fórum também nas imediações, o local seria o mais apropriado para a instalação da feira no armazém da Conab, dando mais vida à região.

Antiga feira de Palmeira

Antiga feira de Palmeira