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Vaquejada uma tradição que aquece a economia no Nordeste

30/11/2016
Vaquejada uma tradição que aquece a economia no Nordeste
Reprodução

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Ultimo evento realizado em Bezerros (Pe) movimentou R$ 2 milhões na economia local
A organização do 14º Potro do Futuro e Campeonato de Vaquejada divulgou, nesta terça-feira (29), o balanço do evento realizado na cidade de Bezerros, em Pernambuco, entre os dias 24 e 27 deste mês. Segundo as associações Brasileira e Alagoana de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM e ALQM), foram 917 vaqueiros de todo o país inscritos, mais de R$ 5 milhões arrecadados com leilões e um retorno financeiro de R$ 2 milhões para o mercado local, além de quase 100% da ocupação hoteleira nas cidades de Bezerros, Gravatá e Caruaru. Cerca de 20 mil pessoas circularam pelo evento durante os 4 dias.

Para Celso Pontes, presidente da ALQM, os números mostram a grandeza e a seriedade que é a realização do campeonato nacional de vaquejada, mas lamenta que Alagoas tenha perdido esta oportunidade por conta de uma ação judicial, que depois foi revertida por uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL)

“Os números falam por si só a grandeza e o profissionalismo que envolve a realização de uma prova de vaquejada. Infelizmente por desconhecimento do funcionamento de uma vaquejada moderna, Alagoas perdeu a oportunidade de entrar para a história e tudo isso teve que ir para Bezerros. A economia do Pilar ia superaquecer, principalmente nesta época de crise”, disse.

Pontes chamou a atenção para outro número que impressiona, que é o número de animais envolvidos em uma competição. São mais de 1500 cavalos e aproximadamente 2 mil bois. Todos recebem atenção de veterinários e criadores para garantir o bem estar dos animais.

“Nos quatro dias de competição não registramos qualquer maus tratos aos animais, principalmente aos bois. Seguimos uma série de medidas já estabelecidas nas regras da vaquejada, como também às solicitadas pelo Ministério Público firmadas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a realização do evento”, explicou.

Emprego e renda

Para a realização de uma vaquejada é preciso uma logística especifica. E para que esse ciclo continue perpetua gera u fluxo financeiro que envolve todas as áreas econômicas e comerciais do município. Diversos segmentos comerciais formais, informais, profissionais liberais e prestadores de serviços vivem e sobrevivem da vaquejada, informações passadas pelos organizadores da décima quarta edição do Potro do Futuro e Campeonato Nacional de Vaquejada, na cidade de Bezerros – PE e dos representantes da ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha é que são cerca de 4.000 eventos realizados por ano, são cinquenta e duas semanas por ano com eventos realizados. Segundo uma matéria do portal Tribuna da Bahia, a Vaquejadas rendem R$ 600 milhões e movimento cresce cerca de 20% ao ano.

São comércios itinerantes que acompanham as vaquejadas em busca de faturamento. Entre os comerciantes estão: vendedor de picolé, pipoqueiro, barracas de bebidas, barracas de alimentação, vendedores de feno, barracas de acessórios masculinos e femininos e outros. Seu George Hamilton se diz desolado, afirma que essa decisão de algumas pessoas em querer acabar com as vaquejadas acaba com o sustento de muita gente, o comerciante trabalha nas vaquejadas a 27 anos e formou seus filhos com o dinheiro das vendas dos seus produtos, hoje se a vaquejada acabar, ele não tem como se manter. “Vou voltar para o cabo da enxada aos 55 anos, toda essa gente só quer trabalhar, quantos mil brasileiros ficarão sem seus empregos?”, pergunta o desolado pai de família pernambucano que mora na cidade de Mari, na Paraíba.