Política
Denúncias de irregularidades na Hemobrás serão debatidas na Comissão de Fiscalização
As denúncias de irregularidades na administração da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), investigada pela Polícia Federal na “Operação Pulso”, deflagrada em dezembro de 2015, por suspeita de esquema de direcionamento de licitações e desvio de recursos públicos, serão debatidas em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) nesta terça-feira (22).
A Hemobrás é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Saúde, voltada para a produção de hemoderivados e fabricação de produtos obtidos por biotecnologia, na área de hemoterapia. Ela atende, prioritariamente, a pacientes assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em ações fiscalizatórias de contratos de obras da instituição, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem encontrado indícios de irregularidades na construção da fábrica em Goiana (PE), como atrasos na modificação da tecnologia de imunoglobulina, redução no efetivo de operários da obra e erro no projeto de vigas e pilares de concreto.
Esses problemas, segundo o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), autor do requerimento para realização da audiência pública, estariam acarretando prejuízos para os cofres públicos, por atrasarem o início da operação da fábrica e obrigarem a Hemobrás a continuar importando medicamentos hemoderivados de alto custo. Cálculos do TCU estimam que os erros e problemas na obra resultam em prejuízo de R$ 6,9 milhões.
— Diante da relevância da Hemobrás para a saúde pública brasileira e dos graves fatos investigados pela “Operação Pulso”, é imprescindível que o Senado exerça a sua função fiscalizadora das políticas públicas e debata a situação da empresa, seus avanços e suas dificuldades — defendeu o senador ao propor a audiência.
Para esclarecer o assunto, foram convidados o presidente da Hemobrás, Oswaldo Cordeiro Castilho; o presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dimas Tadeu Covas, e representantes do TCU.
A audiência, que será interativa, está marcada para às 14h, na sala 2, da Ala Nilo Coelho.
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