Artigos

ABC das Alagoas

05/11/2016
ABC das Alagoas

A Associação Alagoana de Imprensa( AAI), fundada em 13 de junho de 1931, instituição filantrópica sem fins lucrativos, não recebe Subvenção Social dos governos federal/ estadual / municipal, sobrevive com seus parcos recursos oriundos do pagamento das anuidades de sócios abnegados. E, desse modo, recebe livros da Gráfica do Senado que ornamentam seu pequeno acervo cultural.

Desta feita, recebeu o majestoso livro o ABC das Alagoas – Dicionário Biobibliográfico, Histórico e Geográfico de Alagoas – composto de Tomo I ( A – F), bem como do Tomo II ( G – Z), de autoria do paulistano Francisco Reinaldo Amorim de Barros, editado pelo Conselho Editorial do Senado Federal que, por sua vez, criado pela Mesa Diretora em 31 de janeiro de 1997.” Busca editar, sempre, obras de valor histórico e cultural e de importância relevante para a compreensão da história política, econômica e social do Brasil e reflexão sobre os destinos do país”.

Dir-se-ia que a enciclopédia chega-me às minhas mãos graças a amabilidade do presidente do Congresso Nacional, senador José Renan Vasconcelos Calheiros ( PMDB/AL), cujo comentário sobre à referência merece ser reproduzido na íntegra.

“ ABC das Alagoas, do professor Francisco Reinaldo José de Barros, cumpre este papel de abalizar a história real e tornar conhecidas as lendas alagoanas. É uma obra fundamental e pioneira. Outros estados brasileiros já ganharam livros de cunho enciclopédico, mas nenhum com a riqueza de detalhamento do presente ABC, que certamente servirá de provocação para que outros intelectuais se aventurem na saga de desvendar cada unidade federativa do Brasil”.

O então presidente do Conselho Editorial do Senado Federal, José Sarney, ex-presidente da República, membro efetivo da Academia Brasileira de Letras, escreveu com a maestria que lhe é peculiar. Isto é, dissecou a obra como autoridade. E, portanto, exige que se reproduza seu abalizado pensamento.

“ Este livro será de consulta permanente para aqueles que desejam conhecer a História. Ainda que se circunscreva a um estado, o ABC das Alagoas está inserido no mapa maior do Brasil, já que seus autores ( políticos, artistas, homens públicos) participaram ou ainda participam não apenas da vida estadual, mas também da cena nacional.

Aqui o leitor também encontrará uma abrangência de verbetes referentes aos aspectos geográficos, incluindo a topografia, a fisionomia físicas dos municípios, seus dados históricos ( elevação à categoria de vila e de cidade, nomes dados às comarcas e outros dados importantes para a compreensão da constituição do município) e suas vinculações com o homem que vive nos seus limites”.

Diga-se, de passagem, esta obra foi lançada na Academia Alagoana de Letras cuja solenidade compareci a fim de prestigiar a Casa de Demócrito Gracindo. A nata alagoana compareceu ao evento demonstrando o prestígio do ilustre filho da bucólica Murici. Inclusive, trouxe à terra de Lêdo Ivo o então senador José Sarney.

O saudoso Bráulio Leite Júnior, morador do Sítio Velho, encravado em Paripueira, registrou sua atenção à obra em epígrafe. À época, na sua belíssima residência recebia autoridades, políticos, escritores, intelectuais, acadêmicos, professores universitários a fim de bater papo sobre os assuntos relevantes da província das Alagoas.

Registre-se, pois, seu ponto de vista nesta crônica que faço IN MEMORIAM pela densidade cultural que ostentava. Privei de sua fidalga amizade, e, por isso, faço justiça à sua memória de homem público probo, a serviço do Teatro Deodoro, bem como de outras instituições de relevo no cenário cultural caeté.

“ Costuma-se dizer, repetindo-se reclamos do passado, que ‘ Alagoas é terra de náufragos’, aduzindo-se que é mãe carinhosa para aqueles que aqui não nasceram e severa madrasta para os seus próprios filhos…

No caso presente, acontece o oposto. O autor deste trabalho é um neto pródigo que volta à casa dos seus antigos, amorosamente conhecendo-a, respeitando-a, pensando revelá-la aos olhos já desconfiados e incrédulos da nossa nação, como espaço e e rincão bendito da terra brasileira, com episódios e galeria de personalidades especiais, escritores, artistas, políticos e famílias que enobrecem e causam orgulho à própria história de nossa pátria”.

Por fim, muito me orgulha meu modesto nome fazer parte desta obra que enobrece o autor, e, porque não dizer, a minha querida Paulo Jacinto, terra que me viu nascer no dia três de fevereiro de 1946.

Vultos importantes que já se foram deixando marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar. Felicito, portanto, aos vivos que fazem justiça àqueles que escreveram a história das Alagoas. Organização: Francis Lawrence.