Geral

Projeto transforma a vida dos reeducandos através da leitura

11/10/2016
Projeto transforma a vida dos reeducandos através da leitura
Projeto da Seris, Lêberdade potencializa ressocialização de reeducandos através da leitura. Divulgação e Ascom

Projeto da Seris, Lêberdade potencializa ressocialização de reeducandos através da leitura. Divulgação e Ascom

A leitura engrandece o homem, sendo capaz de transformar a vida das pessoas e melhorar a convivência no âmbito social. Nesta segunda-feira (10) autoridades estiveram reunidas para debater possíveis melhorias no Projeto Lêberdade. Elaborado pelos agentes penitenciários, a iniciativa proporciona a remição da pena pelo estudo através da leitura nos presídios de Alagoas.

O Lêberdade foi criado neste ano por uma comissão de servidores do setor de Educação, Produção e Laborterapia da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e professores que ofertam aulas nas unidades. Trata-se de um incentivo para estimular o gosto pela leitura. Para cada obra literária lida com obra escrita ou argüição oral aprovadas, quatro dias na pena será remida.

Atualmente, trezentos reeducandos estudam pela Educação de Jovens e Adultos, Ensinos Fundamental, Médio e Superior. Com a execução do projeto, a tendência é que o número de alunos aumente nas salas de aula dos presídios. A gerente de Educação Produção e Laborterapia, Andréa Rodrigues, afirma que haverá um mecanismo de fiscalização para efetivar as ações.

“Estamos todos empenhados para implantar esse projeto que trará inúmeros benefícios para os internos. Teremos uma comissão para seleção dos livros de vários gêneros e níveis de escolaridade, equipe multidisciplinar nas unidades para fazer a pré-seleção, além de uma equipe operacional para receber as resenhas críticas escritas e os relatórios dos livros”.

Para a presidente do Conselho da Comunidade, Marta Patriota, o objetivo final do projeto é a ressocialização, entretanto, ocorrerão outros avanços significativos. “Quando for efetivado daremos um grande passo na questão organizacional, além de promover a humanização no tratamento aos internos e, consequentemente, teremos menos reincidência de crimes”.

O juiz da 16ª Vara Criminal da Capital Execuções Penais, José Braga Neto, elogiou e mostrou confiança no sucesso da iniciativa. “Trata-se de um projeto excepcional que terá todo o meu apoio. Os internos terão uma grande oportunidade para serem ressocializados. O tema desperta o interesse da sociedade e vários segmentos estão engajados para somar esforços”, finaliza.