– Vou ser bem sincero, eu coloco 50%. Foi meio tempo de jogo e temos mais meio tempo para jogar no campo do adversário, onde eles irão ter o apoio da torcida, onde eles conhecem o gramado. Então, é 50%. Toda cautela, respeito, é pouco – disse Foaini.

O treinador avaliou a atuação dos jogadores do ASA como quase perfeita. Entretanto, fez questão de citar sua insatisfação com a bola parada. A equipe mostrou fragilidade nesse quesito e sofreu o gol do Guarani após um escanteio. 

– Tirando a bola parada, o restante eu vejo que foi perfeito. O nosso comprometimento tático quando estávamos sem a bola foi muito bom, muito interessante. É óbvio que um atleta ou outro quando sai em velocidade, no contra-ataque, demorava um pouco para recompor, mas aí entrava a questão do comprometimento. O atleta que estava mais próximo e descansado recuperava e cobria a posição do companheiro. O comprometimento sem a bola foi muito bom – avaliou. 

Postura no jogo segundo jogo

Com a vitória por 3 a 1, o ASA pode perder por até um gol de diferença para assegurar sua vaga na Série B. O treinador alvinegro, pelo menos no discurso, falou que não pretende armar um ferrolho no segundo confronto com o Guarani. 

– Todas as partidas desde quando cheguei, vocês não ouviram eu falar que vamos jogar fora de casa retrancados, esperando o adversário. Nós sempre vamos para vencer. Agora nós vamos jogar para vencer, mas com o regulamento debaixo dos braços. Precisamos ser inteligentes e trabalhar alguns ajustes nessa semana. Tem o retorno do João Paulo, uma opção de velocidade, então, é ser inteligente. Vou analisar onde nós podemos evoluir – declarou

Estádio cheio

Torcida encheu o Estádio Coaracy da Mata Fonseca (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)

O Estádio Coaracy da Mata Fonseca quase lotado foi outro ponto exaltado por Paulo Foiani. Com as arquibancadas metálicas parcialmente cheias, o ASA teve ajuda do fator extracampo para superar as adversidades e virar o placar. O treinador matou a saudade da época em que vestia a camisa do Alvinegro. 

– Hoje nós jogamos em casa. Quantas jogadas de beirada tivemos daquele lado lá? Casa cheia. Ali tinha mais de três mil pessoas, fez falta. Na fase de grupos era um cemitério no lado de lá, era um silêncio. Parecia que estávamos jogando sem ninguém. É gratificante jogar dentro de casa com o estádio desse jeito. Metei minha saudade da época em que eu jogava – falou.

O segundo e decisivo confronto entre ASA e Guarani será realizado no sábado, às 19h, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas. Com a vantagem, o Alvinegro joga pelo empate ou pode perder por até um gol de diferença para retornar à Série B.