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Mais de 1,4 milhão precisam de ajuda rápida no Haiti; saiba como contribuir

11/10/2016
Mais de 1,4 milhão precisam de ajuda rápida no Haiti; saiba como contribuir

Após a passagem do furacão Matthew, mais de 1,4 milhão de pessoas necessitam de uma ajuda rápida no Haiti. Autoridades afirmam que mais de 300 pessoas morreram, mas a agência Reuters estima que o número de mortos já passa de 1000 haitianos.

O impacto das enchentes e do vento foi devastador principalmente no sul e no oeste do país, que ainda não tinha se recuperado do terremoto de 2010.

Milhares de haitianos ainda viviam em habitações precárias e de madeira, que não resistiram aos ventos de 230 km/h que acompanhou as fortes chuvas, que começaram na terça-feira (4). 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um apelo para que a comunidade internacional mostre solidariedade e trabalhe junta em uma resposta efetiva a esta emergência.

O mais forte furacão a atingir o Caribe desde 2007 destruiu reservas de comida, plantações e colheitas, segundo a France Presse. Alguns povoados e cidades foram dizimados.

A Ilha Tiburón foi a área que pagou o preço mais alto: o gado morreu, as fontes de água estão sujas e uma ponte fundamental – que liga a região à capital – desabou. Seus habitantes pedem ajuda o mais rápido possível.

Uma mulher prepara comida na cozinha de sua casa destruída pelo furacão Matthew nos arredores de Port Salut, no Haiti (Foto: Andres Martinez Casares/Reuters)

Uma mulher prepara comida na cozinha de sua casa destruída pelo furacão Matthew nos arredores de Port Salut, no Haiti (Foto: Andres Martinez Casares/Reuters)

Medo do cólera
Como é comum após os desastres naturais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) teme o aumento no número de casos de cólera. Depois do terremoto de 2010, o país enfrentou a pior epidemia da doença na história mundial: foram registrados mais de 500 casos de contágio semanais e 10 mil pessoas morreram em decorrência de cólera.

No entanto, até o momento o representante da Organização Mundial de Sáude (OMS) no Haiti, Jean-Luc Poncelet, afirmou que há registros de dezenas de casos, mas que o número de ainda é considerado “baixo”. 

Enquanto um grupo ainda tenta realizar uma avaliação precisa da situação de saúde dos haitianos, espera-se a chegada de mais provisões que sejam rapidamente distribuídas. “As pessoas estão muito ansiosas. Não tem vindo nenhum tipo de ajuda sistemática nos últimos dias”, acrescentou Poncelet.

Família afetada pelo furacão foi alojada em escola de Jeremie, no Haiti (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Família afetada pelo furacão foi alojada em escola de Jeremie, no Haiti (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Como ajudar
Organizações internacionais têm organizado a coleta de recursos para enviar para o Haiti, como oUnicef, os Médicos Sem Fronteiras, Action Aid e a Cruz Vermelha.

Unicef
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) propõe cotas de doação de R$ 50 (kits de primeiros socorros), R$ 80 (kit de higiene para duas famílias) e R$ 120 (6 mil de comprimidos de purificação de água – o que é suficiente para purificar cerca de 30 mil). 

Médicos Sem fronteira
A organização mantém diversos projetos na região metropolitana de Porto Príncipe e, por isso, mobilizou equipes rapidamente para atuar na emergência. Entre os projetos, estão iniciativas de combate ao cólera. Não costumam abrir campanhas específicas para cada uma das tragédias. As doações vão para um fundo e os haitianos também serão beneficiados pelas contribuições.

Action Aid
A organização abriu uma campanha de doações de emergência para auxiliar o Haiti, onde já atua em áreas como educação, agricultura, habitação, geração de renda e acesso à água potável.

Cruz Vermelha
A ONG lançou um apelo de emergência para obter ajuda. Embora não tenha uma página em português, é possível fazer doações em várias real, dólar ou euro através do cartão de crédito.

 Professor limpa casa após passagem do furacão Matthew por Les Cayes, no Haiti (Foto: AP)

Professor limpa casa após passagem do furacão Matthew por Les Cayes, no Haiti (Foto: AP)