Wendell Fagundes representa Alagoas no maior congresso de geotecnologias e geoprocessamento da América Latina, o Simpósio Internacional Selper 2016(Foto: Ascom/Seplag)

Desatualizadas desde a década de 80, as cartas geográficas do Estado de Alagoas vêm sendo focos de atuação da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), por meio da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento.

Como consequência, o estudo do estagiário Wendell Fagundes, do setor de Geoprocessamento da Seplag, foi aceito para apresentação oral no maior congresso de geotecnologias e geoprocessamento da América Latina, o Simpósio Internacional Selper 2016.

O estudo, de acordo com Wendell, só foi possível com o auxílio do Alagoas em Dados e Informações, plataforma que reúne mapas e informações socioeconômicas do Estado de Alagoas, e, também, dos conhecimentos adquiridos na Secretaria de Planejamento. O intuito era buscar uma solução de baixo custo para dar celeridade e precisão ao mapeamento do Estado.

“Levando em conta a realidade das contas públicas e a defasagem da cartografia alagoana, temos que ser criativos e procurar por iniciativas que reduzam gastos, mas que, ao mesmo tempo, sejam de qualidade”, afirma Wendell.

Comparando maneiras de implementar essa área, o colaborador constatou a existência de um conjunto de tecnologias, que, além de serem gratuitas, provaram ser mais eficazes que as ferramentas pagas disponíveis.

“É uma forma de buscar algo novo para o Estado, que precisa de dados atualizados. Com a disponibilização das cartas geográficas teremos uma noção aprimorada da dinâmica espacial alagoana. Poderemos saber, por exemplo, onde há presença forte da agricultura, como está se expandido a área urbana da cidade, onde está ocorrendo desmatamento, onde foram construídas barragens, entre outras coisas” explica.

Segundo o gerente de Geoprocessamento da Seplag, Lucas Cavalcante, o trabalho dos estagiários na Secretaria vem contribuindo de forma significativa para o avanço do Estado.

“O Wendell, apesar de estagiário, está se esforçando tanto quanto um funcionário público, conseguindo utilizar as horas de trabalho que tem na Seplag para propiciar para o Estado soluções inovadoras que demandam um curto espaço de tempo para serem aplicadas e que requerem baixos investimentos. Levando em conta o cenário de otimização do gasto público vigente, trabalhos como esses só vêm para legitimizar que é possível fazer mais com menos”, conta.

Representatividade

Ir à Argentina. Apresentar um estudo. Parece tudo muito simples e direto, mas quando paramos para refletir sobre a importância de iniciativas como essa para o Estado acabamos por tocar num ponto muito importante, o da representatividade. Além de levar um estudo, Wendell Fagundes levará consigo o nome de Alagoas, que há muito tempo vem precisando ser reforçado, cada vez mais, nacional e internacionalmente.

“Alagoas sempre foi considerado um Estado com pouca representatividade no que diz respeito à cartografia e, agora, temos um estudo que será apresentado na Argentina, para todos os países da América Latina, conseguindo abarcar um nível alto no setor. Todo esse contexto é de alta relevância, não só para a Seplag, mas para todo o Estado. Vamos disseminar Alagoas novamente como produtor de informação e não apenas consumidor”, explica Thiago Ávila, superintendente da Seplag.

Para o secretário do Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, o reconhecimento do estudo desenvolvido pelo estagiário na Seplag é fruto de uma das diretrizes que regem o trabalho realizado na Secretaria, que tem investido e acreditado fortemente no poder da produção do conhecimento.

Segundo ele, a gestão pública precisa se desenvolver de modo a melhorar a vida da geração presente, mas sem deixar de lado os que ainda estão por vir. E o conhecimento, conta, é a base para que todo esse processo se dê com eficácia.

“Recentemente, lançamos três estudos da área da economia popular, realizados por bolsistas da Seplag, com o apoio da Fapeal. Agora, tivemos a surpresa de saber que nosso estagiário levará, por meio de outro trabalho, o nome da Secretaria e do nosso Estado para toda a América Latina. Temos acreditado no conhecimento, e ele tem rendido frutos imensuráveis para a população alagoana. Esperamos que essa relação só venha a crescer daqui para frente”, afirma o titular da pasta.