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Atendimento a pacientes psiquiátricos é discutido no HGE

26/10/2016
Atendimento a pacientes psiquiátricos é discutido no HGE

HGE trabalha para que os profissionais da área de psicologia saibam lidar com pacientes psiquiátricos, assegurando uma assistência qualificada e ágil. (Fotos: Divulgação e Olival Santos)

HGE trabalha para que os profissionais da área de psicologia saibam lidar com pacientes psiquiátricos, assegurando uma assistência qualificada e ágil. (Fotos: Divulgação e Olival Santos)

As condições caracterizadas por alterações do pensar, humor e do comportamento, associadas à angústia expressiva ou deterioração do funcionamento psíquico são denominadas de transtornos mentais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Para assegurar atendimento humanizado a pacientes com sofrimento psíquico que procuram o Hospital Geral do Estado (HGE) de Alagoas, profissionais de psicologia da unidade promoveram uma mesa redonda em qual políticas públicas foram discutidas.

O evento faz parte da rotina da área, que vem reunindo os profissionais para abordar temas de forma multidisciplinar. Com esta ação, a gerência do HGE trabalha para que os profissionais da área de psicologia saibam lidar com pacientes psiquiátricos, assegurando uma assistência qualificada e ágil.

A assistente social Maria Derivalda de Andrade, ressaltou que as políticas públicas voltadas para os pacientes com sofrimento psiquiátrico vêm sendo moldadas desde a reforma psiquiátrica, que tem como intuito melhorar o atendimento a indivíduos com estas necessidades. Por isso, os profissionais de saúde devem atuar para inserir estes pacientes no âmbito social, assegurando que eles possam levar uma vida normal na medida do possível.

“A intenção é substituir o tratamento nos hospitais e buscar a possibilidade de assistência na comunidade, isso implica um meio que possa identificar a realidade dos familiares e buscar maneiras de ajudá-los. Hoje já existe uma grande rede de serviços que substitui o modelo psiquiátrico tradicional, que se caracteriza pela utilização intensiva de um conjunto de tecnologias terapêuticas e práticas psicossociais para manter a pessoa na comunidade”, salientou.

Pollyana Venâncio, assistente social do Hospital Portugal Ramalho, explicou como funciona a assistência do paciente com sofrimento psíquico na unidade hospitalar. Segundo ela, atualmente a unidade trabalha com o internamento dos casos graves que passam pela emergência e são avaliados como caso de internação. “Fora isto, temos o acompanhamento ambulatorial, com serviço social, enfermagem, médicos psiquiatras, psicólogos e auxiliares de enfermagem”.

A assistente social salientou que a unidade hospitalar passará por mudanças no seu atendimento à sociedade. “O Portugal Ramalho passará a ser um hospital de clínicas, não haverá mais este tipo de atendimento. Na unidade serão disponibilizados 25 leitos para um acompanhamento rápido, não mais caracterizado como internamento. O atendimento focará a inserção dos pacientes na sociedade, como sujeitos ativos e participantes dos processos coletivos”, ressaltou.

Na ocasião, Fabiano Leirias, coordenador da Saúde Mental Municipal, destacou a relevância do encontro com os profissionais do HGE. “Reduzimos uma lacuna histórica de comunicação. O HGE como principal unidade hospitalar no Estado, recebe toda a demanda de Alagoas, inclusive daquelas pessoas com transtornos ou sofrimento mental. Assim que essas pessoas recebem alta, não têm uma rede de encaminhamento pronta para se dirigirem. Temos que estreitar esses laços e construir essas pontes para que os usuários possam ter para onde ir depois da alta e, quem sabe, nem chegarem a esta situação de urgência e emergência em saúde mental”, salientou.

Com a parceria da Seção de Desenvolvimento de Pessoas da unidade hospitalar, os temas discutidos no Grupo de Estudos de Psicologia agora entram no currículo, como capacitações para profissionais e acadêmicos.