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Seleção não para de experimentar goleiro desde Copa de 2014

19/09/2016
Seleção não para de experimentar goleiro desde Copa de 2014
Muralha, goleiro do Flamengo, foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção Brasileira (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Muralha, goleiro do Flamengo, foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção Brasileira
(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Desde o desastre acumulado na Copa do Mundo de 2014 – derrotas seguidas para Alemanha (7 a 1) e Holanda (3 a 0) – a Seleção Brasileira vive um dilema: encontrar os goleiros que mais bem representem a equipe. Após a exclusão de Júlio Cesar, titular naquelas duas partidas, já chega a dez o número de goleiros convocados para a Seleção, do segundo semestre de 2014 até agora.]

Essa lista extensa reflete a falta de nomes de consenso para a posição. Começaram jogando nos últimos 24 meses quatro deles – Jefferson (Botafogo), Diego Alves (Valencia), Marcelo Grohe (Grêmio) e Alisson (Roma). Numa evidência dessa inconstância, os três primeiros nem sequer constam da relação divulgada na sexta-feira pelo técnico Tite para os jogos com Bolívia e Venezuela, em outubro, pelas Eliminatórias do Mundial.

Desta vez, além de Alisson, foram chamados Weverton e Alex Muralha. O revezamento no gol começou logo na primeira convocação pós-vexame, para amistosos contra Colômbia e Equador. Jefferson se manteve no grupo, mas o então técnico da Seleção Dunga trouxe Rafael Cabral (Nápoli) para fazer dupla com o número 1 do Botafogo. Rafael já havia vestido a camisa da equipe com Mano Menezes no comando.

Mais pra frente, foi a vez de Neto (Juventus) integrar o grupo para jogos com Turquia e Áustria. No início de 2015, Dunga deu sinais de que estava satisfeito com o trio que participou de amistosos e estaria na Copa América, no Chile: Jefferson, Diego Alves e Marcelo Grohe.

Mas na sequência, trocou Diego por Alisson. Antes de fechar o ano passado, Cássio, do Corinthians, também foi convocado para duas partidas de Eliminatórias – contra Argentina e Peru. Dunga ainda teve tempo de testar outro goleiro, Ederson (Benfica), no convívio da Seleção.

Com seu escudeiro Taffarel na preparação de goleiros da seleção, Tite segue o ritual de Dunga e, em apenas duas convocações, já promoveu outros dois nomes da posição – Weverton, o grande responsável pelo título na Olimpíada e ídolo no Atlético-PR– e o novo xodó dos flamenguistas, Alex Muralha.