Cidades

Programa contra drogas abrange mais de 100 mil pessoas em Alagoas

13/09/2016
Programa contra drogas abrange mais de 100 mil pessoas em Alagoas
rograma mostra resultados e apresenta vitórias.Fotos: Acervo SSP-AL

rograma mostra resultados e apresenta vitórias.Fotos: Acervo SSP-AL

A quantidade de pessoas formadas pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) é comparada a quantidade de habitantes das cidades alagoanas de Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema, juntas. São mais de 100 mil pessoas instruídas para resistir e evitar o contato com drogas.

Há sete anos, quando estudava na Escola de Educação Básica José Gonzaga, no bairro do Clima Bom, em Maceió, a estudante Eva Pimentel, 21, teve a oportunidade de fazer o curso do Proerd que ensina a prevenir o contato com as drogas, a recusar o vício e lidar com assédios relacionados a entorpecentes.

Hoje, Eva é jogadora de Futsal, da Universidade Federal de Alagoas, onde conquistou bicampeonato dos jogos universitários alagoanos. Ela ainda pratica handebol no Lyon Club, onde já foi líbero titular da seleção alagoana de voleibol. A jovem também está no 5º período do curso de Jornalismo, na Universidade Federal de Alagoas.

No currículo de Eva, também consta a conclusão do curso do Proerd onde a jovem aprendeu a dizer “não às drogas”. Ela faz questão disso.

“O Proerd e meu envolvimento com o esporte não permitem que a droga me chame à atenção. De toda a turma que participou do curso comigo, tenho conhecimento de apenas um colega que se envolveu com droga e terminou morto aos 18 anos”, lembra a futura jornalista.

A estudante confessa que a realidade do mundo dos entorpecentes mostrada pelo programa é realista. Segundo ela, a vantagem é aprender que é possível ficar longe sabendo dizer não às investidas de traficantes e usuários.

“O programa ensina que não se deve ter medo e sim, saber dizer “não”. A forma como a instrutora falava era tão chocante quanto tranquilizadora”, enfatiza Eva Pimentel.

O Proerd Alagoas é desenvolvido há 13 anos pela Polícia Militar e já formou mais de 100 mil pessoas. Inicialmente desenvolvido em escolas, abrange atualmente, além das crianças e adolescentes, os pais e responsáveis.

Segundo a tenente-coronel Valdenice Lima, coordenadora do projeto, crianças a partir dos quatro anos até pessoas da chamada melhor idade podem participar. “Nosso papel é fazer o pequeninos se tornarem grandes homens e mulheres, não se enveredarem no mundo das drogas, ajudar nosso Estado e nosso país”, destaca.

PROERD COMUNITÁRIO

O trabalho preventivo contra as drogas também está presente no Proerd Comunitário destinado aos pais e responsáveis. Lá, os responsáveis pelas crianças e adolescentes aprendem como reconhecer os riscos do contato com drogas e como ajudar seus dependentes.