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Presidente do BC diz que inflação vai convergir para meta de 4,5% em 2017

20/09/2016
Presidente do BC diz que inflação vai convergir para meta de 4,5% em 2017
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn,  disse que a economia mundial está experimentando uma transição para um novo estado de equilíbrio. (Foto:Fabio Rodrigues Pozzebom)

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que a economia mundial está experimentando uma transição para um novo estado de equilíbrio. (Foto:Fabio Rodrigues Pozzebom)

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou hoje (20) que não é necessário mudar a meta de inflação no Brasil. Ele disse que está confiante que é possível convergir, em todos “os horizontes relevantes”, para 4,5% [centro da meta] em 2017. “A meta no próximo ano é uma meta ambiciosa, mas realista”, destacou durante evento na Argentina.

Embora a expectativa de Goldfajn seja de atingir o centro da meta no ano que vem, o mercado financeiro estima que a inflação fique em 5,12% no período, segundo projeções divulgadas ontem (20) pelo BC.

Meta inflacionária

Em 2016, a estimativa também é de queda, com os analistas projetando que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para estabelecer as metas inflacionárias, feche o ano em 7,3%.

Sobre os desafios globais que todos os países têm que enfrentar, o presidente do Banco Central disse na Argentina que a economia mundial está experimentando uma transição para um novo estado de equilíbrio. Para ele, a situação atual tem sido caracterizada por “liquidez abundante”, que pode ajudar a financiar os mercados emergentes. Porém, ressaltou que é importante aproveitar este período, que pode não durar muito tempo.

Sobre o Brasil, Goldfajn disse ver como “imperativas” as ações destinadas a equilibrar as contas públicas por meio da redução e racionalização dos gastos no sentido de colocar a dinâmica da dívida em ordem. Ele encerrou o discurso dizendo que é importante o avanço de uma ampla agenda de reformas estruturais destinada a estimular a produtividade, além de impulsionar o crescimento econômico de longo prazo.