O Governo do Estado não apresentou a proposta de piso salarial dos policiais civis, conforme ficou acordado em audiência de conciliação com o Tribunal de Justiça. A categoria participará de uma assembleia geral, na antiga sede do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), localizada na Rua Cincinato Pinto, 310 – Centro, nesta terça-feira (06), a partir das 13 horas, para definir o rumo da mobilização, com possibilidade de retomar a greve.

A pauta da assembleia geral trata das reivindicações dos policiais civis, das ações de mobilização e da paralisação nacional de 24 horas para o dia 21 de setembro contra o PLC 54/2016 e a PEC 241/2016 que retiram direitos, congelam salários e privatizam os serviços públicos. Essa paralisação nacional é uma deliberação aprovada no XVI Congresso Nacional da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) para todos os estados brasileiros.

O Sindpol está cobrando a proposta de reajuste do piso salarial da categoria ao secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Christian Teixeira, que deveria ter apresentado a proposta no mês de agosto. O Governo do Estado já foi informado sobre a realização da Assembleia Geral.

O Sindpol também comunicou oficialmente a Justiça a quebra de acordo pelo governo que não apresentou a proposta de reajuste salarial do piso e nem marcou a audiência de negociação. Atualmente, os policiais civis recebem o pior piso salarial da segurança pública, além disso a categoria é de nível superior, e não é valorizada pelo Estado.

Na quinta-feira (01),  presidente do Sindpol, Josimar Melo, e diretores do sindicato protocolaram ofício no Tribunal de Justiça, que informa o descumprimento do acordo judicial por parte do governo sobre o piso dos policiais civis. No documento, o sindicato destaca que não houve proposta e nem sequer o retorno das negociações do piso salarial da categoria.

No expediente, o sindicato cita o acordo assinado no dia 11 05 16 nos autos do Processo 0801545-85-2016.8.02.000/5000. “Tal fato configura imenso dano à categoria, que junto com a Polícia Militar, conseguiu reduzir drasticamente o número de homicídios e todos os outros tipos penais do ano de 2015”, revela parte do documento.

O Sindpol também ressalta o dano maior aos policiais civis, “pois o governo já definiu piso de cinco categorias nos meses de julho e agosto deste ano, duas das quais de nível médio com valor acima do piso atual da Polícia Civil que é de nível superior”.

O Sindpol está buscando uma audiência com o presidente do TJ/AL, desembargador João Luiz de Azevedo Lessa, para tratar do assunto.

Do Sindpol, estiveram no Tribunal, além do Josimar Melo, os dirigentes Stélio Pimentel Jr, Edeilto Gomes, Charles Alcântara, José Ederaldo e Carlos Jorge da Rocha.