Geral

Ativistas denunciam bombardeios em Aleppo após fim da trégua

19/09/2016
Ativistas denunciam bombardeios em Aleppo após fim da trégua
Membros da Defesa Civil resgatam crianças após ataque aéreo na cidade síria de Aleppo (Foto: Sultan Kitaz/Reuters)

Membros da Defesa Civil resgatam crianças após ataque aéreo na cidade síria de Aleppo (Foto: Sultan Kitaz/Reuters)

Maior cidade do norte da Síria, Aleppo voltou a ser alvo de bombardeios, pouco depois de o exército do país declarar o fim da trégua, nesta segunda-feira (19).

O Centro de Informações do Assédio de Aleppo – uma rede de ativistas nos distritos sitiados – informou que aviões de guerra bombardearam os bairros de Al Maadi e Al Salhin, e a organização Legista de Aleppo Livre, que presta atendimento médico na região, disse que também houve ataques em Al Sukari.

O Comando Supremo das Forças Armadas sírias declarou o fim da trégua de uma semana no país árabe, cujo prazo expirou à meia-noite, depois das violações que constatou e pelas quais culpou “organizações terroristas armadas”.

Trégua
Na nota, o Exército sírio explicou que tomou a decisão de pôr fim à trégua após as mais de 300 violações do cessar-fogo por parte de “organizações terroristas armadas”. Além disso, expressou sua “intenção e determinação de continuar com sua missão nacional de lutar contra o terrorismo para estabelecer a segurança e a estabilidade”.

As Forças Armadas da Síria asseguraram ter respeitado o cessar-fogo, batizado de “regime de calma”, por considerá-lo como uma oportunidade real de deter o derramamento de sangue. No entanto acusaram os “grupos terroristas armados” de descumprir as cláusulas do acordo de trégua firmado com apoio de Estados Unidos e Rússia.

“As organizações terroristas armadas se aproveitaram, mobilizaram seus terroristas e armas, além de terem se reagrupado para retomar seus ataques contra zonas residenciais, posições militares e preparar operações terroristas amplas, especialmente em Aleppo, Hamas e Al Quneitra”, diz o texto.

O Exército da Síria afirmou que realizou “grandes esforços” para aplicar a trégua e que exerceu “maior grau de contenção” frente às violações, embora reconheceu que em alguns casos foi obrigado a respondê-las para silenciá-las.

A trégua, iniciada no último dia 12 de setembro, expirou à meia-noite. Até agora, nenhuma das partes envolvidas no conflito tinha esclarecido se ela seria prolongada ou finalizada.

O porta-voz da opositora Comissão Suprema para as Negociações (CNS), Riad Agha, afirmou nesta segunda-feira à Agência Efe que correspondia à Rússia e aos EUA, que elaboraram o acordo, anunciar a sequência ou não do pacto.