Além do torcedor, o próprio jogador tem se cobrado muito pelo jejum na competição nacional. No entanto, ele garante que, apesar da falta de gols, tem cumprido à risca o que determina o técnico Mazola Júnior.

– Eu me cobro todos os dias, mas a gente tem que vê a forma como eu estou jogando, como o treinador quer que eu jogue. Então eu tenho que respeitar a decisão do treinador. Eu estou fazendo aquilo que o meu treinador pede e tento fazer o melhor. O mais importante é que a gente está ajudando e eu estou com esse pensamento – disse. 

Se por um lado o Zé dos Gols não tem balançado as redes dos adversários, por outro ele tem desempenhado um excelente papel coletivamente. Ao sair da área, diferentemente da passagem dele pelo CRB no ano passado, o experiente jogador tem atraído a marcação e termina abrindo espaços para os companheiros. Como se não bastasse a abertura dessas brechas, o camisa 9 ainda tem atuado como garçom em alguns jogos, a exemplo do belo passe no gol marcado por Welinton Júnior diante do Tupi.

Quem o conhece, sabe que Zé Carlos não foge das divididas. Ao ser perguntado sobre as principais mudanças do time em relação ao ano passado, o atacante apontou.

– Mudaram os jogadores, mudou a forma de jogar. A gente sabe que a forma agora é outra. Mas a gente sabe que mais do que os jogadores está a atitude, a vontade de querer vencer. A gente sabe que todos os jogadores nesse segundo turno vão querer vencer mais que no primeiro; a gente sabe que vai ser um campeonato muito difícil e a gente está se preparando da melhor forma possível – garantiu.

Sensação do campeonato no primeiro turno, o futebol apresentado pelo CRB encheu os olhos de muita gente e deixou os adversários precavidos para a sequência da competição nacional. Para isso, o atacante regatiano alerta que a tarefa agora será ainda mais difícil.

– O segundo turno é mais difícil, as equipes vão se reforçar, vão trazer jogadores da Série A, a gente sabe que tem equipes grandes que estão abaixo do G-4 e querem chegar entre os quatro primeiros. Por isso terão um investimento muito grande, mas a gente está se preparando bem para se manter ali no G-4 – assegurou.

Além do investimento na melhoria dos elencos, Zé Carlos apontou também para a motivação financeira que grandes clubes devem oferecer aos atletas.

– Muitos clubes fazem o que podem [investem]. Mas o que vale mais é a força de vontade, é o desejo de subir com o seu clube. Claro que o dinheiro mexe com qualquer pessoa, mas a gente tem que pensar no algo a mais, que é deixar a sua marca no clube que passa. Imagina um clube como o CRB subir para a Série A. Isso aí fica na história de Alagoas e quem é que não quer ficar? – concluiu.