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Técnica da Suécia minimiza pouco público e valoriza estreia com vitória

03/08/2016
Técnica da Suécia minimiza pouco público e valoriza estreia com vitória
Pia Sundhage e Nilla Fischer, da Suécia, durante entrevista (Foto: Fred Huber)

Pia Sundhage e Nilla Fischer, da Suécia, durante entrevista (Foto: Fred Huber)

A Suécia iniciou sua trajetória na Olimpíada com uma vitória por 1 a 0 sobre a África do Sul, nesta quarta-feira, no Engenhão. Apesar de a equipe ser mais qualificada do que a adversária e de ter dominado boa parte da partida, teve dificuldades para furar o bloqueio da defesa, o que só conseguiu com uma “ajudinha” da goleira sul-africana Barker.

Pia Sundhage, técnica sueca bicampeã olímpica com os EUA, foi perguntada se ficou algum sentimento de frustração pelo fato de o Engenhão não estar totalmente lotado no primeiro evento dos Jogos, mas minimizou. Ela afirmou que sua única preocupação era com a vitória.

– Abrir os Jogos foi uma grande sensação. Claro que seria melhor se o estádio estivesse lotado, mas, honestamente, para mim hoje foi somente sobre futebol e esse 1 a 0 importante – disse. 

Apesar de satisfeita com os três pontos no Grupo E, Sundhage acredita que o desempenho da Suécia esteve longe do potencial do time. Ela detectou a lentidão nas subidas ao ataque como um dos problemas.

– Nós não jogamos da maneira que queríamos, mas estou satisfeita com o resultado. Saímos com três pontos, o mais importante neste momento. Não usamos as pontas, centralizamos demais e as jogadores deram muitos toques na bola. O time foi lento. No próximo será diferente.

Nilla Fischer, autora do gol sueco e primeira a marcar na Olimpíada, repetiu o discurso de valorizar a vitória na estreia.

– Eu não tinha pensado nisso (primeira a marcar). Fico satisfeita com a vitória, e não fazia muita importância quem marcasse o gol. O principal são os três pontos. Mas claro que estou feliz. Eu estava no lugar certo.

A Suécia será a próxima adversária do Brasil, sábado, às 22h, no Engenhão.

Técnica da África do Sul vê seu time em evolução

Vera Pauw, comandante da equipe da África do Sul, foi realista na entrevista coletiva após o jogo. A holandesa, apesar de ver sua equipe cada vez mais perto das principais seleções, lembrou que ainda existe uma grande distância técnica e de realidade.

– Fizemos uma boa preparação, enfrentamos as principais seleções. Estamos chegando mais perto das melhores. Os times mais experientes estão mais preparados para aproveitar os erros. O primeiro tempo nos mostrou onde estavam os espaços, e no segundo melhoramos, criamos chances. Não esqueçam que somos número 52 no ranking, e a Suécia é top 5. Ninguém vê nossas atletas, ninguém as conhece. Todas vêm do futebol de rua, fazê-las jogar coletivamente é um grande desafio.