Política

PCdoB renova direção e decide coligação na sexta-feira (5)

02/08/2016
PCdoB renova direção e decide coligação na sexta-feira (5)
compromisso do novo presidente do partido, em Palmeira, é filiar novas pessoas que tenham identidade com a causa do PCdoB. (Foto: Lucianna Araújo)

O compromisso de Vladimir Barros, novo presidente do partido em Palmeira, é filiar pessoas que tenham identidade com a causa do PCdoB. (Foto: Lucianna Araújo)

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o mais antigo do país, foi fundado em 1922. Apesar de ter vivido 60 anos na “clandestinidade” conseguiu realçar sua marca revolucionária. Em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, o partido estava sem diretório formalizado desde 2014, mas agora renova a direção. O advogado e jornalista Vladimir Barros, militante do PCdoB desde os 16 anos, reassumiu a presidência municipal da comissão provisória, na semana passada, a convite do diretório estadual.

O PCdoB sempre participou de maneira ativa nas eleições alagoanas e este ano não será diferente. Em 2000, o partido elegeu um vereador por Palmeira. Em 2004 foram 10 candidaturas para a Câmara Municipal com votação expressiva. Em 2008, o município fez o primeiro suplente para a Câmara Municipal.  Em 2010, Junto com Eduardo Bomfim, Vladimir conquistou cinco mil votos, apenas no município palmeirense, para a suplência no Senado. Em 2012, o Partido integrou uma das chapas majoritárias com uma candidatura a vice-prefeito e apresentou três nomes para a Câmara”.

O compromisso do novo presidente do partido, em Palmeira, é filiar novas pessoas que tenham identidade com a causa do PCdoB. “Estamos travando uma luta árdua no país, em busca da democracia e da legalidade e essa é uma das teses do partido, para que o PCdoB saia fortalecido nesse embate, em busca da legalidade e da democracia no país”, destacou Vladimir.

Este ano, o partido pretende lançar três candidatos próprios para disputar as eleições municipais para o cargo de vereador. “Três nomes pretendem postular uma cadeira na Câmara de Vereadores, mas ainda não foram definidos. Faremos uma reunião, uma espécie de plenária, antes do dia cinco de agosto, e no dia cinco faremos a nossa convenção, onde iremos definir qual rumo tomar nessa eleição. Já recebemos propostas de candidatos a prefeitos para fazer coligações e estamos analisando qual a melhor chapa proporcional para abrigar os nossos candidatos a vereador”, explicou Vladimir Barros.

Com relação à disputa para a prefeitura, Vladimir disse que Palmeira terá quatro candidatos ao cargo e até quinta-feira haverá muitas composições políticas. “Chegamos a ter dez ou 12 nomes, mas acredito que isso será filtrado e teremos em torno de quatro candidatos. Essa eleição é atípica, é diferente. Uma eleição em que se deve observar com muita cautela como ela vai se comportar, pois a minirreforma eleitoral realizada pelo Congresso no ano passado, e que já dita as normas dessa eleição em outubro, em que pese ter recebido muitas críticas da classe política e dos próprios brasileiros, está com um condão de mudanças. Tem restrição partidária, proibição de financiamento privado através de empresas, os candidatos têm que prestar contas assim que receberem uma doação, ou seja, uma séria de fatores que vai modificar o comportamento de uma eleição como não se via antes”, analisou.

E continuou. “O PCdoB vai observar como vai se comportar as eleições desse ano. São poucos candidatos a vereador em Palm,eira dos Índios. Creio que serão cerca de oitenta candidatos a vereador (já tivemos em eleições passadas mais de 250 postulantes) e há uma dificuldade enorme de se encontrar candidatas para o cargo e assim alcançar a proporcionalidade que a lei exige de 30%, de um sexo ou de outro, nas coligações. Essa é uma eleição que devemos observar com muita cautela, para nos prepararmos para uma próxima. Não sou candidato a nada como já foi levantado por algumas pessoas. E que isso fique bem claro”, ressaltou.

Ele disse ainda, que a tendência das eleições, em Palmeira, é que aconteça uma polarização entre os grupos mais fortes. “Realizaram uma convenção no sábado que agregou nove partidos. O grupo G8 deve lançar um candidato de apelo popular; o PMDB vem com todo o apoio político do governador Renan Filho, do senador Renan Calheiros e do prefeito James Ribeiro, formalizando um grupo muito forte, e as outras pré-candidaturas ainda não foram definidas. Eu creio que vai haver essa polarização, lá para o começo de setembro, quando as eleições estiverem mais definidas e com as campanhas nas ruas. Aí, a gente vai saber quem tem café no bule”, frisou.

E prosseguiu. “O eleitor tem que esquecer o que passou. O eleitor tem que pensar no futuro e nas pessoas que estão disputando o cargo de prefeito em Palmeira e qual delas é mais capaz de gerir os nossos destino nos próximos anos. Qual delas tem mais apoio político em níveis estadual e federal para trazer recursos para Palmeira. Também tem que acabar essa história de que Palmeira tem que competir com Arapiraca. Isso já passou, já acabou. Palmeira não tem mais força para disputar nada com Arapiraca. A gente tem que achar a nossa vocação para o desenvolvimento, seja no turismo, seja no turismo cultural, seja no setor do comércio, que precisa ser fortalecido. Os comerciantes não devem esperar só do poder público também. Tem que fazer diferente, firmar parcerias com a sociedade para crescer nesse setor. Tem a agricultura, pois temos o Bálsamo que o governador tem investido e vai querer que funcione como foi idealizado pelo deputado federal Helenildo Ribeiro, seu criador, trazendo para Palmeira o fortalecimento para a fruticultura. A gente tem que procurar nossas vocações. Palmeira tem saídas e precisamos escolher quem é a pessoa capaz de encontrar essas saídas e dar a Palmeira o que ela merece”, finalizou Vladimir Barros.