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Justiça confirma condenação de opositor venezuelano Leopoldo López

13/08/2016
Justiça confirma condenação de opositor venezuelano Leopoldo López
Líder da oposição da Venezuela, Leopoldo López, está preso desde fevereiro de 2014 (Foto: /Carlos Garcia Rawlins / Arquivo / Reuters)

Líder da oposição da Venezuela, Leopoldo López, está preso desde fevereiro de 2014 (Foto: /Carlos Garcia Rawlins / Arquivo / Reuters)

Um tribunal de apelações da Venezuela confirmou a pena de quase 14 anos de prisão para o líder opositor Leopoldo López, informou nesta sexta-feira (12) seu advogado, Juan Carlos Gutiérrez. “Confirmaram a sentença, confirmaram a pena, nos mesmos termos”, disse.

A corte analisava um recurso apresentado pelo líder do partido Vontade Popular contra a pena de 13 anos e nove meses de prisão que lhe foi imposta em setembro de 2015.

Preso desde fevereiro de 2014, López foi declarado culpado de incitar à violência durante a onda de protestos ocorrida no mesmo ano para exigir a renúncia do presidente Nicolás Maduro. A violência durante as manifestações deixou 43 mortos.

No dia 23 de julho passado, durante a audiência de apelação, López se declarou “inocente”. “Assumo minha responsabilidade plena por ter denunciado o Estado venezuelano como corrupto, deficiente, antidemocrático e repressor”, disse López em gravação divulgada no Twitter.

López também afirmou que as manifestações que convocou foram pacíficas e no exercício do direito dos venezuelanos.

A defesa, que acusa a Justiça de estar a serviço do governo, afirma que houve “alteração de má-fé” do material probatório e “erros graves de procedimento” no julgamento original, o que exige a anulação da sentença e a libertação de López. “Trata-se absolutamente de um julgamento político. Lamentavelmente, impuseram o interesse do governo sobre o sistema judicial”, afirmou Gutiérrez.

A decisão do tribunal também foi rejeitada pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento e está empenhada em realizar o referendo para tirar Maduro do poder.

“Rejeitamos a ratificação da condenação ilegal e injusta contra nosso irmão e reiteramos que será libertado pelo voto do povo”, escreveu no Twitter o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba