Brasil

Jovem asfixiada deixa a UTI e abre os olhos após 4 meses; noivo é suspeito

15/08/2016
Jovem asfixiada deixa a UTI e abre os olhos após 4 meses; noivo é suspeito
Janaina foi transferida para Santa Casa de Santos (Foto: G1)

Janaina foi transferida para Santa Casa de Santos
(Foto: G1)

A enfermeira que foi asfixiada dentro do próprio apartamento em São Vicente, no litoral de São Paulo, há quatro meses, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com a irmã da vítima, ela já está no quarto e respondendo a alguns estímulos. Janaína Alves, de 27 anos, já está abrindo os olhos e, com isso, a família voltou a acreditar em uma recuperação plena. O noivo de Janaína é o principal suspeito de cometer o crime. Ele foi preso no dia 9 de agosto em Praia Grande.

Segundo Marcela Camilla, a situação da irmã continua delicada, mas a saída da UTI trouxe esperança à família. “Ela está no quarto, mudou logo depois do aniversário. Foi transferida do Hospital Ana Costa para Santa Casa, mas o quadro dela é semivegetativo, ela responde alguns estímulos, mas ainda não fala e não tem completamente a função motora”, contou.

Apesar da pequena melhora de Janaína, Marcela prefere manter cautela. “Os médicos estão acompanhando porque a lesão dela foi muito grave. Às vezes ela abre o olho, mas tudo está sendo tratado com calma e nós esperamos que ela saia dessa situação o quanto antes”, acrescentou.

Justiça
Sobre a recente prisão do advogado William Cesar Borreli, indiciado por tentativa de homicídio, Marcela e a família continuam acreditando que o então noivo é o principal suspeito do crime.

Advogado e noivo da vítima é suspeito de cometer o crime (Foto: Reprodução / TV Tribuna)

Advogado e noivo da vítima é suspeito de cometer o crime (Foto: Reprodução / TV Tribuna)

William, no entanto, desde o princípio defendeu a versão de que a vítima teria sido esganada por um pedreiro que trabalhava no imóvel do casal. Ele teria entrado em luta corporal com o homem, que fugiu do local. A Polícia já colheu depoimento do advogado e também do pedreiro Raimundo Rodrigues de Souza Júnior, que foi inocentado do crime no mês passado.

“Desde o princípio nós achamos que ele (William) fez isso com a minha irmã, até pela frieza que ele tratou o caso. Nunca buscou saber da minha irmã, só fala com advogado. Tudo isso nos mostra que ele é culpado e terá de pagar por isso”, destaca Marcela.

Nos últimos dias, amigos da vítima têm se juntado para fazer doações à Janaína. Eles se mobilizaram e levaram fraldas para o hospital. “Isso mostra o quanto minha irmã é querida. Sempre tivemos os amigos do lado, dando apoio”.