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Especialistas ambientais republicanos se negam a votar em Trump

09/08/2016
Especialistas ambientais republicanos se negam a votar em Trump
Donald Trump discursa no Clube Econômico de Detroit, nos EUA, nesta segunda-feira (8) (Foto: Evan Vucci/AP)

Donald Trump discursa no Clube Econômico de Detroit, nos EUA, nesta segunda-feira (8) (Foto: Evan Vucci/AP)

Outros republicanos se manifestaram nesta terça-feira (9) contra o candidato de seu partido à Casa Branca, Donald Trump, alertando que seu comportamento hostil e falta de experiência política colocam osEstados Unidos em perigo.

As novas personalidades que anunciaram que não votarão em Trump são ex-membros da Agência de Proteção do Meio Ambiente para quem Trump “demonstrou uma profunda ignorância científica” e apresentou a mudança climática como uma piada.

William Ruckelshaus, que trabalhou durante os mandatos de Richard Nixon e Ronald Reagan; e William Reilly, que serviu junto ao presidente George H.W. Bush, acham que voltar atrás nas iniciativas ambientais sobre o clima “fará o mundo retroceder décadas”.

“Nós, republicanos, deveríamos ficar chocados, inclusive furiosos, ante a ideia de ver Donald Trump repudiar todos esses avanços”, afirmaram em um comunicado difundido pela equipe de campanha da democrata Hillary Clinton.

Se for eleito, o magnata prometeu que anulará o plano climático de Barack Obama e tirará os Estados Unidos do acordo de Paris, além de relançar o uso do carvão e a extração de hidrocarbonetos em alto-mar.

O anúncio de Ruckelshaus e Reilly acontece dias depois da publicação de uma carta aberta de 50 republicanos que exerceram importantes papéis na segurança nacional e que denunciaram a ignorância e incompetência de Donald Trump, que, segundo eles, será “o presidente mais perigoso da história americana”.

A influente senadora Susan Collins também se posicionou nesta terça e afirmou que o candidato republicano não merece ocupar a Casa Branca e que não o apoiará.

“Estou consternada por seu constante fluxo de declarações cruéis e sua incapacidade para admitir seus erros ou pedir desculpas”, escreveu Collins em uma coluna do jornal “The Washington Post”.