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Dólar sobe e vai a R$ 3,27 com aposta em alta de juros nos EUA

26/08/2016
(Foto: Reprodução)

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O dólar fechou em alta de mais de 1% nesta sexta-feira (26), após sessão de forte volatilidade, com investidores elevando suas apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode elevar os juros já na sua próxima reunião, em setembro.

A moeda norte-americana avançou 1,25%, vendida a R$ 3,2719, após chegar a R$ 3,2787 na máxima da sessão e R$ 3,1898 na mínima, segundo a Reuters.

Na semana, o dólar acumulou alta de 2,02%. No mês, a valorização é de 0,89%. No ano, entretanto, a queda é de 17,13%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,11%, a R$ 3,2278
Às 10h09, queda de 0,44%, a R$ 3,2173
Às 10h59, queda de 0.5%, a R$ 3,2153
Às 11h29, queda de 0,95%, a R$ 3,2209
Às 11h40, queda de 0,89%, a R$ 3,2028
Às 12h10, queda de 0,91%, a R$ 3,2023
Às 13h39, queda de 0,12%, a R$ 3,2357
Às 14h19, alta de 0,27%, a R$ 3,2405
Às 15h, alta de 0,89%, a R$ 3,2606
Às 15h40, alta de 1,25%, a R$ 3,2772

Juros nos EUA
Em discurso pela manhã, a presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, afirmou que aumentaram as razões para subir os juros, mas evitou sinalizar um aumento iminente na taxa.

Segundo a agência Reuters, num primeiro momento, os mercados financeiros haviam interpretado que Yellen deu sinais de que os juros não subiriam tão cedo na maior economia do mundo, levando a apostas majoritárias deste movimento em dezembro. Mas, comentários do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, levaram os investidores a apostar que o BC dos EUA pode elevar os juros antes do final do ano.

“Parece que o Fischer veio a público corrigir a interpretação do mercado sobre a Yellen”, resumiu à Reuters o operador de um banco internacional.

Fischer afirmou que as declarações dadas mais cedo por Janet Yellen, eram “consistentes” com a possibilidade de aumento de juros em setembro. Mesmo assim, ele acrescentou, é preciso esperar mais dados econômicos.

As declarações levaram o dólar a abandonar as perdas vistas pela manhã, quando investidores interpretaram que Yellen havia dado sinais de que os juros não subiriam tão cedo.

O Fed se reúne, neste ano, em setembro, novembro e dezembro. Juros mais altos nos EUA podem, em tese, atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em mercados emergentes, como o Brasil.

“A mensagem de que os juros podem subir neste ano não é nova, já vinha das últimas semanas. O que é novo é que, pelo jeito, Yellen está mais próxima daqueles que querem um aumento no fim do ano do que daqueles que querem um aumento agora”, afirmou à Reuters o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Os indicadores econômicos divulgados nesta manhã pintaram um quadro misto na maior economia do mundo, com o crescimento econômico dos EUA um pouco mais lento no segundo trimestre.

No Brasil, o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff continuava no centro das atenções.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.