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Deputada trabalhista pede aulas de igualdade de gênero a refugiados.
Uma deputada trabalhista defendeu que o governo britânico ofereça aulas sobre igualdade de gênero entre os refugiados homens que chegam ao Reino Unido a fim de facilitar sua integração no país.
Em declarações divulgadas nesta segunda-feira (1) pelo jornal “Daily Telegraph”, Thangam Debbonaire, que preside o grupo parlamentar multilateral para os refugiados, mostrou-se a favor da implementação de uma “estratégia de integração”, com objetivo de melhorar a atitude dos homens de outras culturas com as mulheres.
Segundo a deputada pela circunscrição de Bristol West, os refugiados recém-chegados ao Reino Unido necessitam de uma introdução “sensível” para poder se adaptar a uma cultura diferente.
A medida incluiria, além disso, a preparação dos refugiados para buscar emprego no Reino Unido, para se adaptar ao novo estilo de vida e para aprender as expectativas que recaem sobre eles quanto a comportamento, especialmente entre as mulheres.
Debbonaire afirmou que, desta maneira, a medida contribuiria para erradicar os “temores” suscitados no país a possíveis agressões sexuais contra mulheres por parte de imigrantes, similares às ocorridas na Alemanha no fim do ano passado.
“O que não quero é que os britânicos respondam a casos de assédio ou agressão sexual dizendo ‘não’ à chegada de mais refugiados”, afirmou a deputada, que acaba de iniciar uma investigação sobre as experiências deste coletivo no Reino Unido.
Debbonaire destacou que é importante tentar buscar a maneira de “fazer com que esses homens compreendam o que se espera deles” quando se integram no Reino Unido.
“É preciso buscar a forma de uma maneira sensível, e poderia fazer parte de uma campanha em nível nacional para ajudar homens e crianças em geral a contemplar a igualdade de gênero de uma forma diferente”, disse.
Para Debbonaire, essas “aulas” poderiam ser introduzidas de maneira obrigatória nos colégios “para todos os jovens” e incorporar “uma versão apropriada para os recém-chegados”.
Esta iniciativa surge depois que o eurodeputado Nigel Farage, ex-líder do eurofóbico partido UKIP, fora muito criticado durante a campanha prévia ao referendo sobre a permanência do país na União Europeia, por ter dito que as mulheres poderiam correr o risco de sofrer agressões sexuais por parte de imigrantes.
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