Brasil

Crianças judias e árabes visitam Museu da Seleção

09/08/2016
Crianças judias e árabes visitam Museu da Seleção
Com cinco títulos em Copas do Mundo, o futebol brasileiro desperta a admiração e o respeito de todos os povos. (Foto:  Kin Saito/CBF)

Com cinco títulos em Copas do Mundo, o futebol brasileiro desperta a admiração e o respeito de todos os povos. (Foto: Kin Saito/CBF)

Com cinco títulos em Copas do Mundo, o futebol brasileiro desperta a admiração e o respeito de todos os povos. Nesta segunda-feira, 22 crianças judias e árabes de Jerusalém, da ONG Gol pela Igualdade, tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a história da Seleção Brasileira durante visita ao Museu da CBF, no Rio de Janeiro.

As crianças encantaram-se diante de vídeos e troféus das principais conquistas da Seleção Brasileira, vendo gols antigos e aprendendo sobre os craques que já vestiram a camisa amarela. O brasileiro Gabriel Holzhacker, vice-diretor da ONG isralense, resumiu a importância da experiência para os meninos.

– Este é o lugar para se conhecer a história do futebol brasileiro. Aqui, as crianças viram a camisa do Mauro Silva, que esteve com elas ontem no jogo no Allianz Parque. Tenho certeza que elas vão voltar para Israel com todo esse conhecimento dentro da cabeça.

No domingo, o grupo de meninos com idades entre 9 e 14 anos participou de jogos no Allianz Parque pelo projeto Gol da Paz, uma iniciativa da CBF apoiada por Federação Paulista de Futebol (FPF), Sociedade Esportiva Palmeiras e organização Caminho de Abraão, além de instituições e clubes das comunidades árabe e judaica.

O projeto aposta na paixão pelo esporte para aproximar crianças árabes e judias da periferia social do país do Oriente Médio. O futebol é o instrumento escolhido para incentivar a convivência, propagar a mensagem de paz e reduzir o preconceito entre as gerações mais jovens. 

– Foi muito legal jogar diante de um público tão grande, no mesmo estádio que jogadores famosos do Brasil. O futebol pode mudar a vida das pessoas – conta Yossei Teferi, de 10 anos.

O menino judeu conheceu o poder do esporte dentro de casa. O irmão dele, o maratonista Maru Teferi, vai representar Israel nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Durante a viagem, Yossei ganhou novos amigos, como o árabe Ayman Gheit, 13 anos. Ele também mostra que conhece o poder transformador do futebol:

– Nós jogamos para mostrar às pessoas que, mesmo sem falar a mesma língua, nós sabemos jogar futebol juntos. O esporte pode traz a paz a todos – disse Ayman.