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Artesanato produzido no sistema prisional terá ponto fixo em Arapiraca

17/08/2016
Artesanato produzido no sistema prisional terá ponto fixo em Arapiraca
Serão vendidos cerca de 50 tipos de produtos, elaborados nas oficinas que fazem parte do projeto Fábrica de Esperança. (Foto:  Ascom)

Serão vendidos cerca de 50 tipos de produtos, elaborados nas oficinas que fazem parte do projeto Fábrica de Esperança. (Foto: Ascom)

Em uma ação inédita, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) junto com a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Serviços (Semics) de Arapiraca irão inaugurar nesta quinta-feira (18), às 10h, um box no Pavilhão do Artesanato, localizado na Praça Ceci Cunha, naquele município A ação vai possibilitar que os produtos artesanais confeccionados pelos reeducandos no sistema prisional sejam expostos e comercializados no interior de Alagoas.

Serão vendidos cerca de 50 tipos de produtos, elaborados nas oficinas como corte e costura, serigrafia, marcenaria, tornearia e pintura que fazem parte do projeto Fábrica de Esperança. Em Maceió, as peças podem ser conferidas aos domingos, na rua fechada da Praia da Ponta Verde, das 7h às 13h. Já em Arapiraca, o box funcionará das 9h às 19h, diariamente. Todo o valor arrecadado será revertido para melhorar as condições dos presídios.

De acordo com a gerente de Educação, Produção e Laborterapia da Seris, Andréa Rodrigues, o trabalho é um vetor essencial no processo de reintegração social. “Além de combater a ociosidade, o labor permite que os reeducandos sejam remunerados e, com esse dinheiro, ajudem suas famílias. Divulgar essa atividade para que ele tenha continuidade e beneficie um número cada vez maior de custodiados”, disse.

Atualmente, cerca de 250 reeducandos estão trabalhando no sistema prisional. Para que possam laborar, os custodiados devem possuir RG e CPF originais. Aqueles que ainda não têm os documentos são atendidos pelos servidores do Balcão Cidadão, em que fazem um trabalho importante no sistema prisional para adequar a mão de obra, providenciando o que for necessário junto aos órgãos competentes e assegurar a mudança de vida dos internos.

A remuneração é calculada de acordo com a atividade executada, variando entre três quartos do salário mínimo vigente e um salário mínimo. Além do pagamento, os reeducandos são beneficiados com a diminuição de um dia de pena a cada três dias de labor. Existe trabalho nas oficinas da Fábrica de Esperança, na manutenção e limpeza do complexo prisional e também em setores como capinagem, construção civil e produção de saneantes.