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Ex-presidente da Lusa rompe silêncio sobre caso Héverton: “Foi cagada”.

28/07/2016
Ex-presidente da Lusa rompe silêncio sobre caso Héverton: “Foi cagada”.
Manuel da Lupa, ex-presidente da Lusa (Foto: Martín Fernandez)

Manuel da Lupa, ex-presidente da Lusa
(Foto: Martín Fernandez)

Manuel da Lupa cansou de apanhar calado. Era ele o presidente da Portuguesa em 8 de dezembro de 2013, quando a escalação irregular de um jogador resultou no rebaixamento do time para a Série B do Campeonato Brasileiro. A crise que se abateu sobre a Lusa nunca terminou: o clube está na Série C do Campeonato Brasileiro (e na zona de rebaixamento para a Série D) e na Série A2 do Paulista.

Da Lupa não saiu ileso. Foi expulso do Conselho Deliberativo e, na justiça, conseguiu reverter a decisão, porém pode perder o título de sócio. Presidente da Portuguesa durante nove anos, o empresário de 66 anos enfrenta um processo movido pelo Banco Banif, que cobra dele R$ 22 milhões. Da Lupa afirma que o dinheiro essa dívida é do clube, e não dele.

Da Lupa recebeu o GloboEsporte.com para, em suas palavras, “quebrar o silêncio” e dar sua versão dos fatos. Exigiu que a entrevista fosse gravada por sua advogada: “Já aconteceu de eu falar uma coisa e ser publicada outra”. Manuel da Lupa Filho, seu filho mais velho, também acompanhou a conversa, que durou quase três horas. A seguir, os principais trechos.

O CASO HÉVERTON
Na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, em jogo contra o Grêmio, a Portuguesa mandou a campo no segundo tempo o meia Héverton, que havia sido suspenso pelo STJD dois dias antes. A escalação irregular resultou em perda de quatro pontos e no consequente rebaixamento do clube para a Série B em 2014. O caso chegou a ser investigado grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público de São Paulo, o Gaeco, e foi arquivado

 O que aconteceu naquele final de semana?
Eu viajei para o casamento de uma prima na sexta-feira (dia 6). A Portuguesa tinha que tomar de 8 a 0 do Grêmio no Canindé, o que era praticamente impossível. Não tinha possibilidade de a Portuguesa cair. Viajei tranquilo, fui ao casamento em Mato Grosso do Sul. Quando eu cheguei ao aeroporto, liguei para meu filho e perguntei quando tinha sido o jogo da Portuguesa. Ele disse 0 a 0. “Estamos na primeira divisão”. Fui trabalhar na Portuguesa na segunda. Na terça, veio tudo isso. 

E então?
Liguei para o Osvaldo Sestário (advogado que representou a Portuguesa no julgamento de Héverton), transtornado. “Que porra aconteceu?” Primeiro, o Sestário deixou transparecer que a cagada tinha sido dele. Depois ele falou que avisou o Valdir (Rocha, advogado da Portuguesa). Sestário sempre trabalhou com a gente na Portuguesa, não tenho absolutamente nada para falar sobre ele. Às vezes não sai a coisa como você quer. Valdir alega que não recebeu o comunicado. Uma vez, o Edno foi julgado no Rio e ninguém sabia o resultado. O que o Luis Iaúca (ex-vice de futebol da Lusa) fez? Não deixou o cara concentrar. Isso é o mínimo que um cara inteligente faz. Não deixou concentrar. Depois fomos saber que o Edno tinha sido absolvido. Mas não corremos risco.

O Héverton concentrou?
O Héverton concentrou. O que aconteceu no resultado do julgamento? Não sabemos? Pode tirar o cara da concentração. É o mínimo. O que mudaria o Héverton jogar ou não? Não mudou nada. Jogou dez minutos.

Por que ele jogou contra o Grêmio?
Foi cagada do departamento de futebol da Portuguesa. Infelizmente. Aí você vai dizer: e o jurídico? Jurídico tem também sua culpa. Não tem dúvida. No dia do jogo, já tinha acontecido a eleição (Ilídio Lico, seu sucessor, havia sido eleito naquela semana). Os caras (da nova administração) começaram a ir no vestiário, era Casa da Maria Joana. Fiquei meio puto, mas não queria arrumar confusão. 

O senhor se sente culpado pelo que aconteceu?
Fiquei nove anos no clube. Nunca aconteceu absolutamente nada. Doutor Valdir fazia as defesas do clube em tudo que era lugar. No Rio, era o Sestário. Esse negócio do Héverton, juro pelo meus filhos… Só fiquei sabendo na terça-feira, quando me falaram. 

O que acha que aconteceu?
O que aconteceu foi descuido. Não acho que alguém ganhou algum centavo. É conversa mole falar que não sabia que seria julgado. Sempre sabe, sempre foi assim. Vem a pauta para o jurídico, o jurídico manda para a comissão técnica, para o encarregado, sempre foi assim. O julgamento foi em uma sexta, o jogo seria no domingo. Sestário deveria ter comunicado alguém. Ele disse que comunicou. Se entrevistar o Valdir, vai falar que não recebeu comunicado nenhum. 

Sestário diz que ligou e comunicou. Valdir diz que não foi comunicado.
Foi uma falha coletiva. Acha que eu pegaria algum centavo para deixar o time cair? Tem que ser muito imbecil. Que houve falha interna, eu tenho que admitir. 

Acha que o Sestário avisou ao Valdir?

Não posso falar que avisou, porque a primeira vez que falei com o Sestário, ele me desmentiu. Ele não falou para mim que tinha avisado. Eu não posso dizer se o Valdir recebeu a ligação. Sestário falou em uma reportagem que eu e o Valdir teríamos pedido para ele assumir a culpa. Isso é mentira. Nunca pedi para ele assumir porra nenhuma. Nunca disse isso. Eu vi a esposa dele com a camisa do Fluminense… Não posso dizer que foi desonesto. Acho que foi cagada interna. Não acredito que tenha gente envolvida. 

 O senhor acompanhou a investigação do Ministério Público?
O Ministério Público abriu processo, pediu para eu ir lá, prestei depoimento. O promotor Roberto Senise deu uma entrevista de que não gostei. Eu marquei e ele me recebeu de novo. Falei: “Estou com minhas contas à disposição. Tenho conta em Portugal, extrato à disposição, número de celular à disposição”. Eles mandaram a investigação desse caso para o Gaeco. O Gaeco, vocês sabem, fiscaliza mesmo. Nunca me preocupei porque não devia. Infelizmente meu clube caiu. Fiquei em uma situação difícil. Todo mundo acha que eu enchi o bolso de dinheiro. Mas eu tenho dinheiro para receber da Portuguesa. 

O Gaeco sugeriu o arquivamento do processo.
Gaeco arquivou o processo. Falaram negócio do Pará, que veio dinheiro, mas e a prova? Eu não recebi nada, continuo trabalhando, tendo a mesma vida. No MP me chamaram um bocado de vezes. Nunca me preocupei. Quem não deve, não teme. Falei para o Senise: “Você pode fiscalizar onde for, não vai achar um centavo meu”.

Alguém dentro da Portuguesa recebeu dinheiro?
Não acredito. Não posso falar porque não tenho prova. Acredito que foi vacilo. Eu só iria viajar ao casamento da minha prima se tivesse certeza que o clube não cairia. 

O senhor foi presidente da Lusa por nove anos. O clube nunca escalou um jogador irregular nesse tempo todo. E neste jogo escalou.
Nunca. Juro por Deus. Não consigo entender. Eu, particularmente, falando sem provas, eu acho estranho. Começamos a pensar em um bocado de bobagem. Por que você não fala? Porque não tem provas. Por que colocam a culpa em mim? Porque eu era presidente.

Daria tempo de armar um negócio para o Heverton jogar no domingo?
Não digo que armaram. O que o futebol deveria ter feito é: chegou na sexta-feira, final do dia, terminou o julgamento. Valdir, cadê o resultado? Não sabe? Chega no diretor de futebol e tira o cara da concentração. Como fizeram nesse caso do Edno, dois anos antes.

Falou com o Héverton depois do acontecido?
Nunca mais. Nem antes do problema. Justiça Desportiva é brincadeira, caso de mau gosto. Como julga um cara na sexta e joga no domingo? É um absurdo.

heverton portuguesa 2013 (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)

”Héverton, pivô do rebaixamento da Portuguesa, durante jogo da Portuguesa em 2013 (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press)”

Depois de constatada a escalação irregular, se fosse outro clube, o senhor acredita que STJD julgaria do mesmo jeito?
Não tenha nem dúvida seria de outro jeito. Falei para (os senadores) Romário e Romero Jucá colocarem na CPI, chamar eu e o Héverton para depor. Romário disse que iria ver. Jucá está envolvido em esquema da Petrobras. Essas coisas que desiludem. Nunca falaram em dinheiro na minha frente, mas você sabe como funciona o bastidor. Gosto desse presidente agora da federação paulista, o Reinaldo (Carneiro Bastos). Pelo tempo que tive com ele, sempre foi um cara legal. 

E Marco Polo Del Nero?
Marco Polo, na conversa, é a melhor pessoa que tem. No resto, eu não sei. Como vou saber o que ele negociou na FIFA? Sempre me dei bem com o Marin (ex-presidente da CBF preso nos EUA). Outro que é gente boa é o J. Hawilla (dono da Traffic, delator do esquema de corrupção na Conmebol). Como vou saber que ele lida com o não sei o quê? 

Ficou decepcionado com o Marin no caso Héverton?
Fiquei decepcionado com o que vi depois. Temos que ser realistas. Bem ou mal, teve um processo. Mostraram que estávamos errados. Tinha que punir. Internamente, no clube, foi aberto um inquérito. Toda vez que fala que vai abrir para provar, não muda nada. 

Falou com o Guto Ferreira, que era o técnico daquele time?
Depois que saí da Portuguesa, não falei com mais ninguém. Eu saí do clube, todo mundo colocou a culpa em mim. Foi para o MP, depois para o Gaeco. Juro por Deus que gostaria de saber o que aconteceu. 

O senhor faria alguma coisa diferente?
Eu nem imaginava o que aconteceu. Se eu continuasse no poder, eu iria ao inferno para descobrir. Abriria comissão de inquérito para apurar, não para fazer igual fizeram comigo, que foi político. 

Por que o senhor não foi ao inferno, mesmo não sendo mais presidente da Portuguesa, para saber o que aconteceu com seu clube?
Não tinha ambiente. Depois que eu sai do clube, não tinha cabimento ir atrás. Gostaria de ter ficado na Portuguesa até 2014, mesmo com a Portuguesa caindo. Internamente, você tem facilidade. Hoje, o clube é um lixo. 

O que mudou na sua vida?
Ficou ruim. Em um clube, eles soltam o boato da forma deles. No clube, sou filho da puta e ladrão. Quem é meu cliente sabe que não sou nada disso. Tenho escritório há 19 anos. Quero chegar na minha casa e não ver ninguém da minha família vivo se eu peguei um centavo da Portuguesa. Vinha um pessoal da Rússia visitar a Portuguesa, interessado em algum jogador. Íamos comer bacalhau, eu pagava com meu cartão e jogava o recibo fora. Pensava que o clube estava fodido e não iria cobrar. Eu viajava com a minha esposa para os jogos. Minha passagem o clube pagava. Da minha esposa, eu pagava. Estou levando a vida.

Quais foram as consequências para o senhor?
Estou pagando um preço muito pesado, inclusive na minha atividade. Tem gente que xinga, fala, etc… Quem tem consciência sabe que não tem nada a ver. Mas pior é o caso do Banif.

juliano portuguesa STJD julgamento (Foto: Thales Soares)

”Torcedor da Portuguesa na porta do STJD no dia do julgamento que resultou no rebaixamento (Foto: Thales Soares)”

O CASO BANIF
O caso Banif é complexo. A Portuguesa, durante muitos anos, não podia movimentar suas contas bancárias por causa de dívidas bancárias e trabalhistas. Qualquer dinheiro que caísse nas contas do clube era retido imediatamente para pagamento dessas dívidas. Para manter a Lusa funcionando, Manuel da Lupa, o vice Luis Iaúca e o Banco Banif (então patrocinador do clube) encontraram uma saída: o dinheiro emprestado pelo banco era depositado em contas pessoais dos dirigentes, que então sacavam e o repassavam para a Portuguesa, sem que o dinheiro passasse pelas contas bloqueadas do clube. O Banco quebrou em Portugal, a crise respingou no Brasil e muitas de suas operações passaram a ser investigadas por autoridades brasileiras – inclusive os repasses feitos para a Portuguesa e seus dirigentes. 

 Por que o caso Banif preocupa tanto?
Entraram com uma execução contra mim, minha mulher e seu Luís (Iaúca). Eu como devedor, minha mulher e seu Luís como avalistas. Luís fez acordo para pagar, deu imóveis, deu parte em dinheiro. Estou com meu patrimônio ferrado, sujeito a perder por uma divida que não é minha. São dois processos. Na época, era 4 milhões e um de 17 milhões. Essa dívida é da Portuguesa. Quero que o crédito seja do Banif, não da Portuguesa. Servi de laranja, de testa de ferro. Não tive proveito nenhum do dinheiro, como seu Luís também não teve. 

Quando aceitou ser laranja, não pensou nas consequências?
<i>–</i> Vou brigar na justiça para a Portuguesa pagar. O jurista Ives Gandra Martins fez um parecer de 95 folhas mostrando que o dinheiro era da Portuguesa. Você pagar o que deve já é duro. Imagina pagar o que não deve? Nunca tive problema com ninguém, de desonestidade. Se aparece algo, meu pai tem um piripaque. Para ele o bigode vale. Empresta 10 mil reais e vai até o inferno para pagar. 

Manuel da Lupa 4 (Foto: Martín Fernandez/GloboEsporte.com)

”Manuel da Lupa, em sua imobiliária em São Paulo (Foto: Martín Fernandez)”

O senhor acha que a Portuguesa vai acabar?
Do jeito que está, infelizmente, eu lamento. Tem uma demanda trabalhista. Se a Portuguesa tivesse gente com credibilidade e peito… Se continuar como está, não tem alternativa. Ninguém faz nada para o clube se não tomar algum. No meu tempo, eu ficava em cima. Nas minhas gestões, teve uma vez. 

Quem?
Quem pegou foi o vice-presidente financeiro e a menina foi mandada embora, do setor financeiro. Era porcaria. No meu tempo na Portuguesa era assim: um cara queria conversar comigo, o vice-presidente de qualquer departamento estava do lado de fora, eu falava para participar. Eu nunca fechei a porta para discutir com alguém. Eu estava pelo amor ao clube. Eu me fodi na Portuguesa por amor.

O senhor vê jogo da Portuguesa na TV?
Vejo. Você sofre porque é torcedor. Não importa quem é o presidente. Nosso time é uma porcaria. Tenho maior respeito pelo time dos outros. Mas perder em casa para o Tombense é brincadeira. Portuguesa deveria ser time de Série A. Hoje, Portuguesa é time de Série H. Estou falando isso porque já passei por isso. 

Pensa em voltar ao clube? 

Manuel da Lupa Filho responde: Queriam me colocar de presidente agora. Acha que eu vou assumir uma presidência sendo que os caras que queriam ser presidentes xingavam a gente? Vou à academia com a camisa da Portuguesa, na minha sala tem camisa da Portuguesa. Nasci na Portuguesa. Um dia, na hora em que resolver esse negócio, eu posso ser presidente. Por enquanto, não.

Da Lupa: Nunca na vida pode falar que desta água não bebe. A possibilidade é mínima. Tem gente que fala que está com saudade da minha gestão, que tinha estádio cheio de gente, a Portuguesa jogava com Grêmio e Corinthians. Hoje quem manda no clube é a torcida uniformizada e o time é uma porcaria. 

O senhor já deu dinheiro, ingresso, ônibus para organizada?
Eu era totalmente contrário. Presidente de qualquer torcida se julga dono do clube. O cara vem conversar com você, você recebe. Eu não autorizava falar com jogador, porque função do torcedor é brigar, discutir, até xingar, mas sem quebrar as coisas. No clube, se você for muito democrático, está morto. Tive ameaça por telefone. Andei com segurança. 

Manuel da Lupa Filho responde: Andei com segurança. Quebraram vidro. Há seis meses, picharam aqui. Hoje a porta é fechada. Tivemos que tirar todas essas portas porque quebraram. Câmera atrás, lá fora. Os caras jogaram pedra do meio da rua porque as câmeras não tinham alcance. Hoje, têm. Na época, não. 

Qual foi a última vez que pisou no Canindé?
Depois que saí, no dia 31 de dezembro de 2013, fui em uma ou duas reuniões do COF. Não voltei mais para a Portuguesa. Torço, gosto do clube, gostaria de ir, mas não tenho ambiente. Com esses caras que estão lá, prefiro ficar fora. Sou torcedor da Portuguesa desde que cheguei a São Paulo, com dez anos. Tenho um tio, ainda vivo, que me deu uma bola e uma camisa, toda vermelha, só com um risquinho verde. 

Qual foi seu dia mais feliz como torcedor da Lusa?
O mais feliz foi o título da Barcelusa (Série B em 2011). Se olhar, não era nada de excepcional. Pegamos uns caras do Sul. Foi um time que encaixou. No ano seguinte, encaixou no Paulista.

E o dia mais triste?
O mais triste foi quando perdemos para o Grêmio por 2 a 0 (final do Brasileirão de 1996). O cara é meu amigo, gosto dele, mas o culpado foi o (técnico) Candinho. Foi cagão. Poderia enfiar cinco, seis no Grêmio no Canindé. Ganhamos por 2 a 0. Perdemos o título lá. 

Já influenciou escalação?
Nunca. Em bate-papo, de time, às vezes comenta de algum jogador ou outro. 

Você acha que teve influência na situação da Portuguesa estar como está hoje?
Influência direta acho que não tive. Eu me sinto culpado nesse negócio do Héverton. Posso falar para você, de coração, que não tive influência em termos de sacanagem e roubalheira. Pode por defeito, mas isso não sou. Não me sinto culpado por a Portuguesa estar na Série C. Mas pô, que culpa eu tenho? 

Torcedores da Portuguesa ainda te reconhecem na rua?
Estive no mercado fazendo compras com a esposa. Um cara com a camisa da Leões me cumprimentou, mas eu nem sei quem é. Tem hostilidade. A molecada mais nova. Por que a Lusa caiu? Vão ficar jogando em mim por vinte anos. Aqui já teve hostilidade, picharam, jogaram pedra. Eu evito sair às vezes, fico mais em casa. Não tenho ambiente para ir ao clube. Queriam que eu fosse candidato a presidente do clube no final do ano. Não vou mas nem morto. Se eu sou candidato, ganho de novo. Quem me conhece, sabe a forma de ser. Dei um puta azar. Se não é esse negócio do Heverton, meu nome ficaria na história do clube. 

Qual caso incomoda mais: Banif ou Heverton?
Os dois. O pior foi o Banif. Se a Portuguesa caísse para Série B, e tivesse um pouco de administração, voltaria (para a Série A).