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Do direito à vida

30/07/2016
Do direito à vida

          Doutor João Rodrigues Sampaio Filho, dinâmico reitor do Centro Universitário Cesmac, na noite memorável do dia dois de agosto de 2016, no Teatro Deodoro, presidirá a formatura do curso de Direito – Turma 2016-1, cognominada de – Caminhada-  recheada de trinta e dois formandos que, por certo, atuarão no mundo forense alagoano.

            Dentre os jovens bacharéis, destaco o meu filhão Francis Lawrence que, por sua vez, descende do patriarca bisavô José Luís da Veiga Lima – capitão Cazuza – cuja patente fora lhe outorgada pelo então presidente dos Estados Unidos do Brasil, Campos Sales, em 19 de maio de 1889.

            Segundo Francis, “ Com grande emoção e alegria, agradeço primeiramente a Deus, pela bênção da vida e do conhecimento. À minha família: meus pais, Laurentino e Aurilene, pelo incentivo ao estudo e inclinação para fazer o bem ; minhas irmãs, Vanessa e Vanissa, pela essência da cumplicidade realizada, meus sobrinhos Hugo e Kennedy, pela felicidade  e descoberta de seu desenvolvimento; meus padrinhos Cícero e Tereza, e, ainda, tios, primos e amigos pelo carinho de sempre.

            O jurista Ruy Barbosa certa vez afirmou: “ Eu não troco a justiça pela soberba. Eu não deixo o direito pela força. Eu não esqueço a fraternidade pela tolerância”. Assim deve ser a busca da Justiça, não só como fonte de trabalho, mas também pelo enobrecimento do ser humano.

            Do direito à vida para exercer a novel profissão. Aliás, imita a querida genitora Dra. Aurilene na busca da Justiça em prol de seus constituintes. Ambos são artífices do mesmo destino no contexto do Estado Democrático de Direito.

            O filhão é, por excelência, um homem preparado para enfrentar a peleja da vida. Antes, graduou-se em Publicidade/Jornalismo onde exerceu suas habilidades como ASSESSOR DE Comunicação junto à Corregedoria-Geral  do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, à época do saudoso desembargador James Magalhães de Medeiros que desapareceu precocemente.

            Agora, reveste-se de cabedal técnico jurídico a fim de encarar os desafios do mundo competitivo globalizado. E, desse modo, seguirá os sábios conselhos do jurisconsulto alemão Rudolf von Iherring que, em sua obra A luta pelo direito,  legou à posteridade: “ O fim do direito é a paz, o meio de que serve para consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará  enquanto o mundo é mundo -, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos”.

            Afora isso, escrevera com muita propriedade: “ O direito não uma simples ideia, é uma força viva. Por isso a Justiça sustenta numa das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto a outra segura a espada por meio da qual o defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança”.

            O que dizer ao caçula da família nessa hora alvissareira da vida de todos nós. Palavras de incentivo, apoio necessário para brindar a euforia, e/ou suplicar ao Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, que lhe dê sua bênção, seu consentimento para trilhar o caminho da ética, da decência e, sobretudo, o interesse na defesa da sociedade que o recebe de braços abertos feito o Cristo Redentor na Cidade Maravilhosa.

            Recorro, portanto, ao pensamento deixado pelo  Águia de Haia quando  dirigiu sua Palavra à Juventude, ou noutra expressão a Oração aos Moços: “ Oração e trabalho são os recursos mais poderosos na criação do homem. A oração é o íntimo sublimar-se  d’alma pelo contato com Deus. O trabalho é o inteirar, o desenvolver, o apurar das energias do corpo e do espírito, mediante a ação contínua de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo onde labutamos”.

            Na qualidade de Professor Especialista do Centro Universitário Cesmac, sinto-me na obrigação de exaltar esta Instituição criada / idealizada pelo inesquecível Cônego Teófanes Augusto Araújo de Barros que deixou marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar. Hoje, capitaneado pelo Dr. João Rodrigues Sampaio Filho, agiganta-se formando gerações, preparando técnicos para o engrandecimento do Estado de Alagoas como um todo. E, por extensão, parabenizo a todos que fazem o Curso de Direito, principalmente, aos professores que ensinaram ao meu rebento a cátedra do direito como símbolo de sustentação de um País próspero, solidário no âmbito da Justiça para todos. Parabéns Francis Lawrence Morais da Veiga!!!