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PMDB acuado

27/06/2016
PMDB acuado

Parafraseando o desembargador emérito Antonio Sapucaia da Silva, Comendador pela Associação Alagoana de Imprensa, no seu livro – DISCURSOS PROTOCOLARES – página cento e oitenta, discorre sobre o procedimento nocivo da classe política sem hora para terminar.

“O Brasil vive respirando, aspirando e transpirando um ar exacerbadamente poluído nos vastos campos de atuação, sobretudo na floresta política, onde os caciques parecem se munir de serras e machados amolados, a destruir as árvores da moral que ainda nos restam. Das câmaras de vereadores à Presidência da República, passando pelo Congresso Nacional, a devastação está à mostra de todos, como se uma endemia da corrupção se alastrasse e atingisse a toda uma nação”.
Nesse sentido, VEJA, edição de 22 de junho de 2016, trouxe farta reportagem sobre o partido criado pelo saudoso Ulysses Guimarães e, portanto, carro-chefe da democracia que, no momento, sofre o golpe da elite parlamentar nas duas Casas congressuais, contrariando as aspirações populares nas esferas federal/estadual/municipal.

A bem da verdade, Sérgio Machado trouxe à tona as estrelas peemedebistas que atuam na alta esfera da política nacional.

Segundo ele, na divisão do bolo das propinas oriundas de empreiteiras prestadoras de serviços à Transpetro, Edson Lobão, então ministro de Minas Energia, açambarcou 24 milhões de reais pelo o apagão no governo de Dilma Vana Rousseff. José Sarney, ex-presidente da República, ficou com a bagatela de 18,5 milhões de reais por ter inventado a Nova República. O senador Romero Jucá ( PMDB/RR), pegou 21 milhões para encobrir seu nebuloso passado político. E, finalmente, o senador Roberto Requião/PMDB/PA, sobrou a ínfima importância de três milhões de rais por ter agredido um jornalista no Salão Azul do Congresso Nacional.

Tudo isso, foi engendrado no Palácio do Planalto no início do primeiro governo de Luís Inácio Lula da Silva ( 2003). Aliás, criou o mensalão que lhe garantiu apoio político e, ao mesmo tempo, consagrou-se como o homem mais honesto da terra. E, por extensão, reelegeu-se à Presidência da República alegando que “não sabia de nada” até ser decretada sua prisão “ acusado por Sérgio Machado “ de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e de tentar obstruir as investigações da Lava-Jato”.

A delação extrapolou outras siglas partidárias como o PC do B(RJ) da deputado federal Jandira Feghalii que esbravejou na Câmara dos Deputados ser uma pessoa honesta, e, sobretudo, ética na defesa intransigente dos movimentos sociais. E, de quebra atingiu o senador tucano Aécio Neves/ Teotônio Vilela Filho, ex-governador de Alagoas por oito anos que, de acordo com Sérgio Machado, “ dissera aos procuradores que ambos arrecadaram dinheiro de empreiteiras”.

No lava- mãos da putrefação política, apareceu o ministro da Casa Civil do presidente interino de Michel Temer, Eliseu Padilha, que responde por improbidade pública por ter contratado a funcionária Maria Dolores Fraga sem nunca ter aparecido no seu gabinete. Por essas e outras razões, o Ministério Público Federal “ pediu a indisponibilidade dos bens de Padilha para que ele reponha 300 000 reais aos cofres públicos”.

Diga-se, de passagem, pela Casa Civil passaram Erenice Guerra, “ demitida por acusações de tráfico de influência. Senadora Glesi Hoffmann(PT), “ acusada de receber propina do esquema de corrupção da Petrobrás”.Aloisio Mercadante( PT), “ suspeito de receber doações clandestinas em sua campanha”. Jaques Wagner( PT), ex-governador da Bahia, “ investigado por envolvimento no petrolão”.

Dir-se-ia que o esquema do PT ( Partido dos Trambiqueiros) sob a égide de seu criador, Luís Inácío Lula da Silva, foi o responsável direito por toda essa sem-vergonhice política institucionalizada nas suas gestões, bem como de Dilma Vana Rousseff, que se encontra afastada do cargo pelas pedaladas fiscais e edições de Decretos que aumentaram despesas sem o crivo do Congresso Nacional.
“ Depois de sitiar o governo de Dilma Rousseff e desmascarar os principais líderes do PT, a Lava-Jato fecha o cerco à cúpula do PMDB dispara a primeira acusação direta de envolvimento do presidente interino Michel Temer com a corrupção da Petrobras”.