(Foto: Kleber Lopes)

O país passa por uma crise séria e isso não é novidade para ninguém. Tal situação afeta desde o sobe e desce da inflação e do dólar até o nosso orçamento doméstico, a exemplo do preço do feijão, assunto do momento. Apesar de a instabilidade fazer com que todos, automaticamente, desacelerem nos gastos, muitas pessoas ainda se encontram em maus lençóis quando o tema é finanças.

O Itec trouxe essas e outras discussões para a luz do debate na palestra “Educação Financeira: Uma Necessidade Mundial”, que aconteceu nesta terça-feira (14) e foi oferecida para os seus colaboradores, sob a organização da Gerência de Valorização de Pessoas do Instituto. A palestra foi ministrada pela consultora pedagógica e educadora financeira Denise Oliveira, da empresa Dsop, organização dedicada à disseminação da educação financeira no Brasil e no mundo.

Apesar de ser encarada muitas vezes como algo de difícil compreensão e por isso não muito colocada em prática, a educação financeira foi explicada de maneira simples e objetiva na apresentação, pautada na metodologia DSOP, que não apenas é o nome da empresa, e cujos significados para cada letra são: Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar. Sugestões e dicas de como economizar e pegar leve nos gastos, evitando o labirinto das dívidas, foi o ponto alto da palestra.

Fundamentada nesses quatro pilares, a metodologia DSOP desenvolve competências fundamentais para que as pessoas aprendam a lidar com as questões financeiras com segurança e consciência. O objetivo é mudar hábitos e comportamentos arraigados sobre o dinheiro, substituindo-os por uma nova atitude, mais saudável e sustentável.

“A educação financeira hoje é uma necessidade mundial, principalmente devido às crises financeira e política pelas quais o Brasil vem atravessando. É importante que todos tenham esse tipo de orientação, no sentido de administrar melhor o seu dinheiro, fazendo com que ele renda”, explicou Denise Oliveira.

Ainda de acordo com a educadora financeira, o consumo consciente é a saída para diversos males, que vão desde o desperdício de recursos de uma maneira macro até o desequilíbrio financeiro de cada um.

“Muitas vezes nós gastamos desnecessariamente. Então, a ideia é despertar mais pessoas para o consumo consciente, pois nós sabemos que os nossos recursos naturais são finitos e precisamos preservá-los. O primeiro passo é se educar financeiramente”, concluiu a educadora.

Para o analista de sistemas Robson Pastor, a educação financeira pode partir não apenas de grandes instituições, mas, principalmente, de cada pessoa que, por si só, pode entender e gerenciar seus gastos.

“Tradicionalmente, nós brasileiros temos a cultura de deixar que cuidem do dinheiro da gente, quando poderíamos ter a iniciativa de nós mesmos organizarmos nossa vida financeira. Essa organização de viver com aquilo que temos, mantendo reservas, nos possibilita concretizar certos planejamentos que antes pareciam impossíveis. A palestra foi bastante pertinente para o momento e que possamos ter mais oportunidades como esta” disse o analista.