Os policiais militares que integram o projeto social “Somos Anjos”, do 8º BPM, ministraram uma palestra ontem (18) para crianças e adolescentes do município de Satuba, com o tema: “Enfrentamento e combate a exploração sexual contra crianças e adolescentes”. Na ocasião foram exibidos vários vídeos e slides para que o tema tenha uma maior abrangência e as pessoas saibam as formas de enfrentamento deste tipo de violência.

A palestra foi ministrada pelos sargentos Samuel Barboza e Josenildo Ferreira, ambos já trabalham com temas voltados para a infância e adolescência na culminância do projeto “Somos Anjos” desenvolvido pelo batalhão nas cidades que integram sua área circunscricional.

O objetivo maior da ação foi conscientizar o público presente sobre a gravidade da violência sexual, e a importância de participar da luta em defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, ensinando-lhes as formas de se proteger e de como denunciar os agressores.

O sargento Samuel destacou que é preciso romper com o pacto de silêncio que encobre as situações de abuso e exploração sexual, seja contra adultos, crianças ou adolescentes. “Não se pode ter medo de denunciar. Essa é uma eficaz forma de ajudar as vítimas e combatermos esse terrível mal”, disse o militar.

E reforçou a importância da denúncia como sendo a principal ferramenta para elucidação do problema. O serviço é ofertado gratuitamente através do “Disque 100” – Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes – mas existe também o serviço do Disque Denúncia, no número “181”, o qual é coordenado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Alagoas.

Além dos Conselhos Tutelares, Varas da Infância e da Juventude, Ministério Público, as Polícias Militar e Civil, instituições que integram a SSP, trabalham na prevenção, repressão e no combate a violência sexual.

Mais de 110 crianças assistidas pelo Serviço de Apoio à criança e adolescente em Situações de Risco Vulnerabilidade Social, além dos conselheiros tutelares de Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco prestigiaram o evento.

Há exatamente 43 anos, a menina Araceli Crespo, saiu de casa para ir à escola e nunca mais voltou. Araceli tinha apenas oito anos e, após ser vítima de estupro, foi violentamente assassinada por jovens de classe média na cidade de Vitória (ES). Um crime que chocou a nação brasileira. O corpo, desfigurado e com marcas de tortura e abuso sexual, foi encontrado quase uma semana depois e até, hoje, os culpados pelo crime permanecem impunes.

A data de 18 de maio marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data escolhida em homenagem à menina Araceli e tantas outras crianças e adolescentes que sofrem com maus-tratos e diversos tipos de violência no País.