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UE critica construção de barreira entre Áustria e Itália
O comissário europeu para a Imigração, Dimitris Avramopoulos, criticou a construção de uma barreira na passagem de Brennero, entre Áustria e Itália.
“O que está acontecendo na fronteira entre Itália e Áustria não é a solução justa. Acredito na construção de pontes e não de muros. É preciso uma política de imigração que não nos conduza a fechar as fronteiras terrestres colocando Schengen em risco e atuaremos em prol disso”, afirmou Avramopoulos em discurso no Parlamento europeu nesta terça-feira (12).
Para o comissário, é importante evitar a construção de “esteriótipos” contra os estrangeiros que buscam uma vida melhor na Europa e é preciso “tratar essas pessoas com respeito” e não como “nas imagens vergonhosas de [campo grego de refugiados] Idomeni, que não honram a história europeia e os nossos valores”.
A Comissão Europeia também afirmou, através de sua porta-voz, Natasha Bertaud, que acompanha a situação e que “está muito preocupada” com os novos desenvolvimentos do caso. Segundo Bertaud, até o momento, a Comissão está sendo informada através da imprensa, mas que o caso deve ser muito bem avaliado se for concluído.
A informação sobre a construção da barreira foi dada pelo chefe da polícia de Brennero, Helmut Tomac, à agência de notícias austríaca APA nesta segunda-feira (11). Segundo o profissional, o muro terá 250 metros de comprimento e irá bloquear uma rodovia local e uma estrada federal.
Poucos dias antes, a ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner, também havia levantado a hipótese de erguer a barreira caso a Itália não tomasse medidas “duras” contra os deslocados que chegam à nação.
A ameaça foi baseada em um cálculo feito pelo governo de Viena.
Para eles, com o fechamento nas fronteiras entre os países dos Balcãs e da Grécia, que dificulta a passagem de imigrantes pela principal rota de deslocados, a quantidade de estrangeiros que chegariam à Itália – e por consequência iriam para a Áustria – dobraria, passando de 150 mil para 300 mil pessoas.
Para a Comissão, o controle de entrada das fronteiras “deve ser excepcional e por tempo determinado” e não pode ser usado como pretexto para impedir a circulação de pessoas livremente, conforme determina o Tratado de Schengen.
A representante ainda afirmou que “não há provas” de que haverá um grande fluxo de imigrantes saindo da Grécia para chegar à Itália e que, até o momento, “15 mil pessoas chegaram” ao território italiano através do mar.
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