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João Lyra é citado no escândalo da “Panama Papers”

03/04/2016
João Lyra é citado no escândalo da “Panama Papers”
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Industrial alagoano João Lyra é citado no relatório da “Panama Papers”

Escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca, cujo escritório no Brasil foi alvo da 22ª fase da Operação Lava Jato, teria prestado serviços para seis grandes empresas brasileiras e famílias que são citadas nas investigações da Lava Jato, abrindo offshores em paraísos fiscais; firmas teriam ligações com a empreiteira Odebrecht, além das famílias Mendes Júnior, Schahin, Queiroz Galvão, Feffer (controladora do grupo Suzano) e a Walter Faria, do Grupo Petrópolis; dentre os políticos, citados direta ou indiretamente, que aparecem como beneficiários da abertura de offshores pela Mossack figuram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o usineiro e ex-deputado federal João Lyra (PTB-AL).

A ligação entre o escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca, cujo escritório no Brasil foi alvo da 22ª fase da Operação Lava Jato, vai mais além do que a suspeita dos investigadores de que a empesa teria ajudado a ocultar a real propriedade dos donos do tríplex no Guarujá, atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma reportagem internacional aponta que a empresa montou offshores para 57 envolvidos na Lava Jato. O nome de Lula, porém, não aparece nos documentos.

Batizada de Panama Papers, a série de reportagens envolve 376 jornalistas de 109 veículos de comunicação de 76 países. No Brasil, as matérias estão sendo veiculadas pelo Uol, o jornal “O Estado de S.Paulo” e a RedeTV!.

Segundo a apuração, fora identificadas 107 offshores que até o momento não foram mencionadas pela investigação brasileira.

A Mossack teria prestado serviços para seis grandes empresas brasileiras e famílias que são citadas nas investigações da Lava jato, abrindo pelo menos 16 offshores. As firmas teriam ligações com a empreiteira Odebrecht, além das famílias Mendes Júnior, Schahin, Queiroz Galvão, Feffer (controladora do grupo Suzano) e a Walter Faria, do Grupo Petrópolis.

Dentre os políticos que aparecem como beneficiários da abertura de offshores pela Mossack figuram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o usineiro e ex-deputado federal João Lyra (PTB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA).

A Mossack Fonseca reconheceu, por meio de uma carta aos clientes, que seus dados foram vazados sem autorização e que está “tomando as medidas necessárias para evitar que isso ocorra de novo”. Segundo a Mossack, “a identidade de certas pessoas e informações sobre aspectos de seus negócios foram expostos” e que já foram adotadas medidas legais sobre o “roubo de informações de nosso sistema”.