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Hospital Geral do Estado elabora novo fluxo de atendimento

01/04/2016
Hospital Geral do Estado elabora novo fluxo de atendimento
Plano visa consolidar o HGE como hospital de urgência e emergência (Foto: Ascom/Sesau)

Plano visa consolidar o HGE como hospital de urgência e emergência (Foto: Ascom/Sesau)

A elaboração de um novo Plano de Referência e Contrarreferência para o Hospital Geral do Estado (HGE) foi discutida nesta sexta-feira (1º), durante a reunião do Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH). A proposta visa sistematizar o acesso dos pacientes que buscam o serviço do HGE e garantir a assistência de qualidade.

A secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, enfatizou que é preciso consolidar o HGE como hospital de urgência e emergência. Segundo ela, “as pessoas procuram o Hospital Geral porque ele apresenta resolutividade e, consequentemente, isso gera uma grande demanda”.

No entanto, Wyszomirska acrescenta que a reorganização da rede de serviços de saúde é fundamental para que cada unidade – seja ela o Hospital Geral do Estado, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), os Ambulatórios 24 Horas ou as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) – atendam o paciente de acordo com sua especificidade. Isso proporciona a otimização de recursos e uma melhor qualidade de atenção.

Um estudo realizado em 2014, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), aponta que dos 153.630 atendimentos realizados pelo HGE, 76% (117.500 atendimentos) correspondem a pacientes de Maceió que não precisaram ficar internados. O dado comprova a baixa cobertura da atenção básica que, em Maceió, assiste apenas 41% da população.

“O nosso trabalho é para que o Hospital Geral atenda realmente às demandas de urgências e emergências”, reforçou a secretária executiva de Ações de Saúde, Rosimeire Rodrigues. Desse modo, ela explicou que as UBSs são responsáveis por atender às demandas da atenção básica – funcionando como ordenadoras da saúde.

Os pacientes atendidos na unidade de saúde devem receber a classificação de risco, de acordo com o Protocolo de Manchester, que aponta se eles devem ser atendidos na própria UBS ou encaminhados à UPA ou ao HGE. “Esse fluxo de atendimento evita a superlotação do HGE, fazendo com que cada unidade atenda a sua respectiva demanda”, complementou Rosimeire.

“Criar fluxos que facilitem a assistência é um dos objetivos do Plano de Referência e Contrarreferência”, disse a secretária executiva. O método permite a assistência desde o primeiro atendimento até o diagnóstico, o tratamento e o encaminhamento do paciente.

Quando procurar o HGE – De acordo com o Protocolo de Manchester, o Hospital Geral presta assistência aos pacientes que apresentem casos de choque, criança inconsciente, convulsionando, dor intensa, dor torácica, trauma, perfuração por arma de fogo ou branca, fratura exposta e alteração súbita da consciência.

As UPAs podem ser procuradas em situações de hemorragia, sutura, fratura e troca de sonda nasoentérica (sonda longa introduzida através do nariz). Nos Ambulatórios 24 Horas, os casos são de vômito e febre persistentes, dor moderada e troca de sonda vesical (que serve para o esvaziamento da bexiga). Em caso de atendimento imediato, as UBSs ficam responsáveis pelas ocorrências de febre, vômito, dor leve, troca de receita e retirada de ponto.