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Djavan volta a Maceió com o show “Vidas pra contar”

29/04/2016
Djavan volta a Maceió com o show “Vidas pra contar”
Djavan estreia em Maceió o show "Vidas pra contar", sábado (30), no Ginásio do Sesi. (Foto: Divulgação)

Djavan estreia em Maceió o show “Vidas pra contar”, sábado (30), no Ginásio do Sesi. (Foto: Divulgação)

Depois do show “Rua dos Amores”, realizado em 2013 no ginásio do Sesi, em Maceió, Djavan volta a se apresentar na mesma casa com o show “Vidas pra contar”. Esse é vigésimo terceiro disco da carreira musical do cantor e compositor alagoano, que vai contar detalhes de vidas reais, mesclando música e poesia, características que sempre fizeram parte das letras compostas por Djavan, além dos arranjos musicais, preparados em cada detalhe por ele.

O CD, que leva o mesmo nome do show, foi lançado em novembro do ano passado e já percorreu diversas cidades brasileiras. O disco conta com 12 músicas inéditas e pelo menos sete delas estão incluídas no repertório do show do próximo dia 30. Uma delas, “Dona do Horizonte”, é dedicada à mãe do cantor, onde ele relata conselhos, influências musicais, o amor e a persistência para seguir a carreira musical, que podem ser conferidos nos trechos a seguir.

“Eu já nasci, minha mãe quem diz, predestinado ao canto… Cantava ali só pra ela ouvir e me dizer coisas tão boas, por exemplo: quero vê-lo o mais querido como o nosso Orlando. Hei de ler seu nome escrito em placa de avenida… Logo cresci minha mãe ali, dona do horizonte. Tinha prazer em me levar pra ver Luiz Gonzaga cantar. Não sem deixar de advertir que eu estudasse sempre mais e sem descanso. Não vai mudar toda mãe é assim, mãe é o nome do amor”.

Com a agenda cheia até o final do ano, Djavan chega a Maceió no sábado (30) para cantar músicas de seu novo trabalho, como “Se não vira jazz”, que abre o espetáculo, “Encontrar-te”, “Vida Nordestina” e “Não é um Bolero”, e outros clássicos conhecidos dos fãs como “Miragem”, “Outono”, “Me Leve”, “Alívio”, “Sina”, “Azul” e “Lilás”.

Na metade do show, no momento intimista voz e violão, Djavan vai interpretar três músicas, duas delas bastante conhecidas de seu público: “Flor de Lis” e “Pétala”. A música “Boa Noite”, literalmente, encerrará a noite.

Djavan faz a turnê deste ano muito bem acompanhado da banda formada pelo baterista alagoano Carlos Bala, Jessé Sadoc (flügelhorn, trompete e vocal), Marcelo Mariano (baixo e vocal), Marcelo Martins (flauta, saxofone e vocal), Paulo Calasans (teclados e piano) e João Castilho (guitarras e violões).

Djavan e banda, com o alagoano Carlos Bala na bateria (Foto: Luanda Produções)

Para os fãs, e mesmo para quem ainda não teve oportunidade de assistir, ao vivo, a um show do Djavan, vale a pena conferir. É um show para ouvir, ver e cantar. Não existe quem não saia, no mínimo, com um gostinho de “quero mais”.

Biografia

Djavan poderia ter sido jogador de futebol. Lá pelos 11, 12 anos, o garoto Djavan Caetano Viana divide seu tempo e sua paixão entre o jogo de bola nas várzeas de Maceió e o equipamento de som quadrifônico da casa de Dr. Ismar Gatto, pai de um amigo de escola.

Da primeira paixão, despontava como talentoso meio-campo no time do CSA, onde poderia ter feito tranquilamente carreira profissional. Mas é na viagem sonora pela coleção de discos do Dr. Ismar – que para o pequeno alagoano parecia conter toda a música do mundo – que desponta um artista: o compositor, cantor, violonista e arranjador Djavan.

Nascido em 27 de janeiro de 1949, em família pobre, aprende violão sozinho nas deficientes cifras de revistas do jornaleiro.  Aos 18, já anima bailes da cidade com o conjunto Luz, Som, Dimensão (LSD). Não demora a ter certeza: precisa compor.

Aos 23, chega ao Rio de Janeiro para tentar a sorte no mercado musical.   É crooner de boates famosas – Number One e 706. Com a ajuda de Edson Mauro, radialista e conterrâneo, conhece João Mello, produtor da Som Livre, que o leva para a TV Globo. Passa a cantar trilhas sonoras de novelas, para as quais grava músicas de compositores consagrados como Dori Caymmi, Toquinho e Vinícius e os irmãos Paulo Sergio e Marcos Valle.

Em três anos, nas horas vagas do microfone, compõe mais de 60 músicas, de variados gêneros.   Com uma delas, “Fato Consumado”, tira segundo lugar no Festival Abertura, realizado pela TV Globo em 1975, e chega ao estúdio da Som Livre. De lá sai com seu primeiro disco, das mãos do mítico produtor Aloysio de Oliveira (o mesmo de Carmen Miranda a Tom Jobim). Seria apenas o primeiro de uma longa discografia, que colocou Djavan, definitivamente, entre os maiores e mais influentes artistas da música brasileira.

Serviço:

Show: Djavan “Vidas pra contar”

Local: Ginásio do Sesi, em Maceió

Hora: Abertura dos portões: 20h. Show: 22h

Data: 30 de Abril (sábado)

Venda de ingressos: Shoppings de Maceió