Política

Dilma viaja amanhã (21) para NY e Michel Temer assume Presidência

20/04/2016
Dilma viaja amanhã (21) para NY e Michel Temer assume Presidência
Dilma Rousseff viaja amanhã pela manhã, abrindo espaço para o vice-presidente Michel Temer assumir a Presidência da República interinamente. (Foto: Reprodução)

Dilma Rousseff viaja amanhã pela manhã, abrindo espaço para o vice-presidente Michel Temer assumir a Presidência da República interinamente. (Foto: Reprodução)

A presidente Dilma Rousseff confirmou sua participação na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris em Nova York na sexta-feira (22). A petista viajará amanhã (21) pela manhã, abrindo espaço para o vice-presidente Michel Temer assumir a Presidência da República interinamente. Dilma voltará a Brasília no sábado (23).

Havia dúvidas sobre a presença da presidente no evento. Nas últimas semanas, Dilma cancelou 3 agendas internacionais por causa da crise política. Nesta terça-feira pela manhã, ministros palacianos acreditavam que a petista optaria por não viajar ao exterior.

A presidente não foi a uma cúpula sobre segurança nuclear realizada em Washington no final de março. Nesta semana, faltou à Assembleia Geral da ONU Sobre Drogas na segunda-feira (18) e cancelou a participação na cerimônia de acendimento da tocha Olímpica que será realizada na quinta-feira, na Grécia.

Michel Temer  assumirá a Presidência no momento de maior tensão com o Palácio do Planalto. A presidente chama-o abertamente de golpista e o acusa de conspirar contra o seu governo.

Em outras oportunidades, o vice-presidente evitou usar o gabinete presidencial durante interinidades. Despacha do seu próprio escritório, na sede da Vice Presidência da República. Às vezes, nem fica em Brasília.

No Brasil, todas as vezes que a presidente viaja para o exterior, o vice precisa assumir oficialmente a função. Embora hoje em dia as comunicações digitais e via satélite permitam que o chefe de Estado e de governo possa tomar decisões de qualquer parte do planeta, essa tradição antiga foi mantida em todas as Constituições brasileiras.

A petista aproveitará a viagem a Nova York, entre outras razões, para criticar o que chama de “golpe” (o processo de impeachment) e falar sobre a situação política no país após a admissibilidade do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados no último dom.(17.abr.).

O governo tem tido boa acolhida de parte da mídia internacional a respeito da tese do golpe. Nesta 3ª feira (19.abr.2016), a rede de notícias a cabo norte-americana CNN transmitiu uma entrevista de mais de 9 minutos da apresentadora Christiane Amanpour com o repórter Glenn Greenwald, que mora no Rio.

Na conversa, Greenwald diz considerar o impeachment “anti-democrático”. É nessa onda que Dilma pretende surfar passando por Nova York, dando entrevistas para outros veículos internacionais.