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Maioria da população dos EUA apoia fim do bloqueio econômico contra Cuba, diz pesquisa

21/03/2016
Maioria da população dos EUA apoia fim do bloqueio econômico contra Cuba, diz pesquisa
Outdoor em Havana critica bloqueio norte-americano imposto à ilha (Agência Efe / Arquivo)

Outdoor em Havana critica bloqueio norte-americano imposto à ilha
(Agência Efe / Arquivo)

No dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne no Palácio da Revolução, sede do governo cubano, com o presidente de Cuba, Raúl Castro, uma pesquisa de opinião indica que mais da metade da população norte-americana apoia a reaproximação entre os dois países e o fim do bloqueio econômico dos EUA contra Cuba.

A pesquisa realizada pelo jornal norte-americano The New York Times e pela rede CBS Newsdivulgada nesta segunda-feira (21/03) concluiu que a população dos EUA está majoritariamente otimista com a retomada de relações entre Washington e Havana, anunciada em dezembro de 2014.

Entre os 1.022 adultos entrevistados pelo telefone entre 11 e 15 de março, 62% acreditam que a reaproximação será boa para os EUA e 55% apoiam o fim do bloqueio econômico contra a ilha.

O estudo registrou também a mudança na atitude com relação a Cuba entre os norte-americanos. Metade dos entrevistados disseram ter uma opinião positiva sobre a ilha caribenha, mais de 10 pontos percentuais acima da última sondagem, realizada no fim de 2014. Há dez anos, apenas 21% dos norte-americanos tinham opinião favorável sobre Cuba, e há 20 anos, esse índice ficava em 10%.

Pouco mais da metade dos entrevistados – 52% – disseram aprovar a política do presidente dos EUA, Barack Obama, com relação a Cuba. Entre os democratas, este índice chega a 78%, e entre os republicanos, cai para 23%, com 55% desaprovando a política de Obama. A pesquisa concluiu também que entre democratas o apoio e o otimismo com a retomada de relações é muito maior do que entre republicanos.

Cerca de 70% dos entrevistados expressaram também o apoio ao fim de um benefício oferecido a imigrantes cubanos, que permite que eles sejam liberados da inspeção de imigração e peçam a permanência legal nos EUA um ano após a chegada no país, indicando que eles devem ser tratados como todos os outros imigrantes que chegam nos EUA.