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Lula versus Justiça

12/03/2016
Lula versus Justiça

Parafraseando Santo Agostinho: “ Não é grande coisa temer a pena, mas grande coisa é amar a Justiça. Quem ama a Justiça também teme: teme bastante, e não o fato de incorrer na pena, mas o de perder a Justiça.” É preciso acreditar na Justiça, sem ela torna-se impossível reconhecer o Estado Democrático de Direito.

Durante as comemorações dos 36 anos de criação do PT ( País Traído), deu-se a convocação coercitiva ao ex-mandatário da Nação, Luís Inácio Lula da Silva, determinada pelo probo juiz Federal Dr. Sérgio Moro. Aliás, cumpriu suas atividades dentro do arcabouço jurídico de que está subordinado, isto é, consoante o que determina a Constituição vigente.

A bem da verdade, o fato se deu depois da delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo da presidente Dilma Rousseff. E, portanto, o esclarecimento à Polícia Federal pelo-ex-presidente não se tratou de sequestro, e, sim, da formalidade processual no que diz respeito ao seu suposto patrimônio oculto.

Segundo VEJA, edição de 9 de março de 2016, “ Lula é um defensor do igualitarismo, desde que ele seja sempre mais igual do que todos. Um suspeito da autoria de crimes pelos quais ele é investigado, em especial o delito de ter enriquecido com repasses de dinheiro desviado de uma estatal que pertence ao povo brasileiro, é levado por policiais a depor coercitivamente.”

Nesse sentido, os procuradores fiscalizaram a movimentação bancária, ou seja, as doações feitas ao Instituto Lula, bem como aos seus filhos que se dizem empresários bem-sucedidos durante os oito anos de governo de seu genitor. Inclusive, o pagamento das palestras proferidas pelo homem mais honesto do Brasil.

A promiscuidade entre os setores privado e público, leva a acreditar que os treze anos dos governos petistas foram responsáveis pela criação de “quadrilhas” visando depauperar o Erário nacional. Primeiro, nos governos do Lula foi engendrado o Mensalão a fim de angariar apoio político no Congresso Nacional. Segundo, nas gestões de Dilma, o Petrolão. Isto é, o roubo do dinheiro da estatal criada por Getúlio Vargas ( 1953), enriquecendo políticos corruptos travestidos de homens públicos.

Nesse sentido, o ex-presidente “ depõe na Polícia Federal em São Paulo e sai debochando da Justiça.” Essa é matéria de capa da VEJA, edição 2 468, que circulou em todo o território nacional. E, por isso, provocou protestos de seus seguidores à porta da instituição que se destaca no combate do crime organizado no país. E, o pior, conclamou os petistas para defendê-lo com palavras desaconselháveis numa democracia representativa.

Em meio a crise política institucionalizada na Republiqueta Petista, a recessão econômica ganha força à medida que a presidente não acerta nas linhas mestras de sua política macroeconômica. A gastança continua desenfreada, ou seja, 39 ministérios que poderiam ser reduzidos a 12. Ademais, na Presidência das República existem mais de cem cargos comissionados variando de setecentos reais a 30 mil. Afora isso, os dispêndios do Bolsa Família ( remuneração sem produção ) alimenta uma legião de pessoas que não estão inseridas no mercado de trabalho.

No dia treze de março do fluente ano, milhares de brasileiros foram às ruas protestar contra o desmando político/econômico que assola a Nação brasileira. Cartazes, palavras de ordem enfeitaram as principais avenidas de São Paulo/Rio/Minas Gerais. Diga-se, de passagem, o Nordeste se fez presente às manifestações de repúdio.

A bem da verdade, nunca se roubou tanto nessa Republiqueta Petista que condenou o governo de FHC pelas privatizações. Agora, nos governos de Dilma, a privatização caminha para os aeroportos, portos, rodoviais federais visando fazer caixa para o governo pagar suas pedaladas fiscais ocorridas em 2014/2015.

Doutor Carlos Ayres Britto, ex-presidente do STF, invocou o pensamento do inolvidável Padre Antonio Vieira que legou à posteridade: “ O avanço no patrimônio público e o fazer do patrimônio público um prolongamento da casa, da copa, da cozinha, são coisas antigas no Brasil”.

Por essas razões, deve-se reproduzir o que dissera o decano do Supremo Tribunal Federal, doutor Celso de Mello; “ Agentes públicos que se deixam corromper e particulares e corruptores, os profanadores da República, os subversivos da ordem institucional, os delinquentes, os marginais da ética do poder.”Essa é a verdade que o magistrado Sérgio Moro almeja prender, punir àqueles que se diziam arautos da justiça e da liberdade. Entretanto, Lula não reconhece os seus erros praticados nas suas nefastas gestões. VIVA A POLÍCIA FEDERAL ! VIVA A DEMOCRACIA REPRESENTATIVA !