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Sequestro de avião desviado do Egito termina no Chipre

29/03/2016
Sequestro de avião desviado do Egito termina no Chipre
Um homem saiu pela janela do cockpit do Airbus A320 da Egyptair Airbus, no aeroporto de Larnaca, no Chipre, na manhã desta terça-feira (29) (Foto: Yiannis Kourtoglou/ Reuters)

Um homem saiu pela janela do cockpit do Airbus A320 da Egyptair Airbus, no aeroporto de Larnaca, no Chipre, na manhã desta terça-feira (29) (Foto: Yiannis Kourtoglou/ Reuters)

 

O ministro das relações exteriores do Chipre anunciou por volta das 8h45 (horário de Brasília) que o sequestro do avião da aérea egípcia Egyptair acabou após cerca de sete horas de negociações. A aeronave, que faria a rota Alexandria/Cairo, foi sequestrada nesta madrugada por um homem que estaria com um cinturão de explosivos amarrado ao corpo.

Os passageiros e a tripulação foram liberados aos poucos. Após sete horas de negociação, o sequestrador deixou a aeronave com as mãos para cima e foi preso.

Um avião da companhia aérea egípcia Egyptair, que faria a rota Alexandria/Cairo, foi sequestrado na madrugada desta terça-feira (29) por um homem que estaria com um cinturão de explosivos amarrado ao corpo, informou o Ministério de Aviação Civil do Egito. Por volta das 8h40, as negociações estavam em andamento e duas pessoas permaneciam sob poder do sequestrador.

A aeronave, um Airbus A320, decolou do Aeroporto Burg al Arab, em Alexandria, foi desviado de sua rota por volta de 8h30 (local) e pousou no Aeroporto de Larnaca, no Chipre, 20 minutos após o comandante Omar Yamal avisar a torre de controle cipriota.
O avião estacionou em uma área isolada foi observado de longe por policiais. As negociações começaram logo após a aterrissagem da aeronave.

O Ministério de Negócios Estrangeiros do Chipre informou que o sequestrador se chama Seif Eldin Mustafa, mas não deu mais detalhes, segundo a Reuters. O presidente cipriota descartou que a ação esteja relacionada a terrorismo, segundo a France Presse.A Egyptair confirmou que 81 pessoas estavam a bordo do Airbus, contando com os integrantes da tripulação. Aos poucos, os passageiros foram sendo liberados.Por volta de 4h30 (no Brasil), o sequestrador libertou a maior parte dos passageiros, segundo a Egyptair. Mais de uma hora depois, ele libertou quatro passageiros estrangeiros. A tripulação (ao menos 7 pessoas), no entanto, foi mantida refém. Aos pouvos, os reféns deixaram a aeronove. Uma TV cipriota mostrou uma pessoa saindo pela janela do cockpit, segundo a Reuters. A imprensa estima que duas pessoas ainda estejam dentro do avião.

Uma pessoa ao telefone na escada de acesso a avião sequestrado (Foto: Yiannis Kourtoglou / Reuters)

Uma pessoa ao telefone na escada de acesso a avião sequestrado (Foto: Yiannis Kourtoglou / Reuters)

 

Informações desencontradas

As motivações do sequestro ainda não estão claras. Uma rádio local noticiou que o homem teria pedido asilo ao Chipre. Duas emissoras cipriotas relataram que o sequestrador tinha deixado cair uma carta no aeroporto de Larnaca, na qual que parecia exigir a libertação de prisioneiros no Egito.

A Reuters chegou a informar no início da manhã que sequestrador era um cidadão egípcio chamado Ibrahim Samaha e que sua mulher, cujo nome não foi divulgado, viveria no Chipre.

As agências de notícias especulam que o homem disse ter bombas ao corpo, mas as autoridades não confirmaram a informação.

A polícia local está em alerta e o ministro cipriota da Ordem Pública, Ionas Nikolaou, foi chamado para uma reunião de emergência.

Por conta do sequestro, o Chipre fechou o Aeroporto de Larnaca. Os voos foram desviados para outros complexos.

Ao menos 21 estrangeiros de oito nacionalidades viajavam no avião: oito norte-americanos, quatro holandeses, quatro britânicos, dois belgas, um francés, um sírio e um italiano.

Polícia monta guarda no Aeroporto de Larnaca, no Chipre, e observa o avião A320 da Egyptair sequestrado (Foto: Yiannis Kourtoglou / Reuters)

Polícia monta guarda no Aeroporto de Larnaca, no Chipre, e observa o avião A320 da Egyptair sequestrado (Foto: Yiannis Kourtoglou / Reuters)