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Emergência Nacional

06/03/2016
Emergência Nacional

O Senado Federal criou as sessões temáticas para aprofundar os debates sobre grandes temas. Nos últimos anos já foram discutidos a Reforma Política, a terceirização, a saúde brasileira, a Petrobras, entre outros temas igualmente relevantes, sempre com contribuições preciosas dos parlamentares e dos convidados, todos especialistas em suas áreas de atividade.

Na última semana buscamos elementos, sugestões e propostas legislativas para combater a mais recente saúva nacional: o mosquito Aedes Aegypti. Estiveram presentes o ministro da Saúde, Marcelo Castro, representantes da Fundação Oswaldo Cruz, especialistas em obstetrícia e ginecologia e o coordenador do departamento de doenças transmissíveis da OPAS.

As dúvidas sobre a relação entre o Zika Vírus e a microcefalia têm deixado em pânico grande parte dos brasileiros. E não apenas as famílias das gestantes, mas também todos nós, que de uma maneira ou de outra, somos responsáveis pelo que vem acontecendo.

Afinal de contas, a incidência dessa má formação congênita já foi verificada em 16 Estados, demonstrando que não é mais um problema localizado, mas que se está se espraiando perigosamente. Graças ao alcance de voo do Aedes Aegypti, mas principalmente a boa vida que estamos dando a ele, com a falta de saneamento básico e de tratamento de esgoto, que persiste em milhares de cidades brasileiras.

Os casos suspeitos de microcefalia em investigação pelo Ministério da Saúde já ultrapassam quatro mil. O boletim do Ministério da Saúde informou ainda que 950 dessas notificações foram descartadas e 583 confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.

O Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos Estados e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas.

Dessa forma, o inimigo número um para a ocorrência de tantos casos de doenças viróticas atuais é o mosquito. É ele que temos de combater, em primeiro lugar e imediatamente. E para tanto, temos que pensar nos fatores que têm contribuído para a sua proliferação por todo o país.

A falta de saneamento básico é terreno fértil para sua boa vida. Mas também o descaso de tantos com os fatores que contribuem para a sua incidência, como acúmulo de lixo, água parada, enfim toda sorte de desmazelo com as nossas cidades. O Senado assumiu o compromisso de priorizar qualquer providência legislativa que se faça necessária.