Cidades

Regina Miki participa do Programa Zika Zero em Arapiraca

15/02/2016
Regina Miki participa do Programa Zika Zero em Arapiraca
(Foto: Ascom Arapiraca)

(Foto: Ascom Arapiraca)

O terceiro mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti, neste sábado (13), em Arapiraca, teve à frente o prefeito, em exercício, Yale Fernandes (PMDB) e a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, no lançamento do Programa Zika Zero. O “Dia D” foi realizado em todo o país.

As ações começaram às 8 horas da manhã nos bairros João Paulo II e Manoel Teles registrados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com maiores índices de incidências de focos das larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika Vírus e febre Chicungunya.

O mutirão contou com a presença federal da Força Nacional e homens do Exército Brasileiro, por meio do Tiro de Guerra de Arapiraca, como também da Polícia Militar, 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), Corpo de Bombeiros, com bombeiros civis, vereadores, secretários municipais, agentes de endemias da Secretaria de Saúde, e apoio do governo estadual pela Governadoria do Agreste, Correios e Eletrobras e agentes de trânsito da SMTT.

A secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, ao chegar à Arapiraca destacou a satisfação de ter sido designada pelo Governo Federal para Alagoas e, em especial, para Arapiraca, uma das 150 cidades selecionadas para o lançamento da campanha contra o mosquito e intitulada de Programa Zika Zero.

“Estou muito feliz em estar aqui em Alagoas, na cidade de Arapiraca, para acompanhar o prefeito e sensibilizar a população para que todos os dias temos que fazer a prevenção para que esse mosquito não se espalhe e ele não é mais forte do que o Brasil”, disse Regina Miki.

O prefeito Yale Fernandes frisou a importância de Arapiraca na luta contra o Aedes aegypti com ações já realizadas em dois mutirões anteriores por uma determinação da então prefeita Célia Rocha, em licença neste período, e que o exército municipal da prefeitura possa fortalecer as ações de limpeza e higienização nas ruas e residências dos bairros da cidade.

“Estamos todos juntos e engajados no combate ao mosquito e hoje, ainda mais, com a presença da secretária Nacional Regina Miki, para que possamos acompanhar as ações e alertar a comunidade para o risco que o mosquito representa, inclusive, a microcefalia”, ressaltou Yale Fernandes.

O combate ao mosquito começou com a execução dos hinos Nacional e de Arapiraca pelo saxofone do músico do 3º BPM, Roni Peterson, em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do João Paulo II.
Na ocasião, o secretário municipal de Saúde, Ubiratan Pedrosa, dividiu equipes compostas por cinco homens do Exército, um agente de endemias e comunitário, além de um bombeio civil para visitar as residências dos bairros.

Segundo Ubiratan Pedrosa os bairros João Paulo II e Manoel Teles são os que mais registraram focos do mosquito e têm alta incidência de infestações das larvas com 12,5% e 17,2% respectivamente.

“Mesmo com os mutirões anteriores realizados nestes bairros o índice de infestação continua alto e por isso estamos realizando este terceiro de casa em casa para conscientizar os moradores quanto aos cuidados que se devem ser tomados no combate ao mosquito”, declarou Ubiratan Pedrosa.

Resistência popular

Mesmo diante de uma epidemia das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti no país. Com relação à dengue, Alagoas tem registrado uma queda considerável. Em janeiro de 2015 foram registrados 874 casos contra 598 em janeiro deste ano. Os casos de microcefalia são de 162 casos sob investigação e Arapiraca com 16 casos, registrados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesau).

No bairro João Paulo II, o mutirão percorreu ruas e encontrou caixas d’água de concreto isoladas e também focos do mosquito em residências e famílias inteiras que tiveram dengue, vírus Zika e Chicungunya.

Na Rua Euclides Marques, a casa de nº 4 da dona de casa Elenita Gomes de Farias a casa d’água de concreto foi isolada pelos agentes de saúde e até hoje ninguém de lá contraiu qualquer tipo de doença transmitida pelo mosquito.

“Estamos seguindo todas as recomendações dos agentes de saúde e graças a Deus até hoje não tivemos nada e estamos com nossos reservatórios limpos e livres das larvas do mosquito, mesmo assim nos preocupamos com a casa dos vizinhos”, disse dona Elenita Gomes.

Ela tem razão. Na Rua Petrópolis, o prefeito Yale Fernandes e a secretária Nacional Regina Miki, visitaram a casa de seu Djaime Maximiano, de 72 anos, onde toda a família já deve dengue, vírus Zika e febre Chicungunya.

“Não encontramos nenhum foco de larva aqui e mesmo assim a família inteira adoeceu, por isso que todas as casas devem ter a mesma preocupação em deixar todos os reservatórios limpos e bem fechados”, orientou o prefeito Yale Fernandes.

Já na residência da dona de casa Vânia Lúcia Barbosa dos Santos, de 50 anos, que mora na Rua Antônio Salim, foram encontrados focos do mosquito e ela não acredita na transmissão de doenças pelo mosquito. Para ela é coisa do mundo e o vírus vem do vento.

Ela foi orientada pela secretária Nacional Regina Miki e pelo prefeito Yale Fernandes. “Vou deixar tudo limpo, mas ainda acho que essas doenças não podem ser causadas por um mosquito”, disse ela.
Casos assim existem e é por isso que o mutirão vai de casa em casa conscientizar os moradores sobre os perigos do Aedes aegypti.

Para intensificar o trabalho de combate ao mosquito, o prefeito Yale Fernandes determinou uma limpeza geral nas ruas dos bairros e também na extensão da linha férrea para retirar entulhos e lixo acumulado e evitar, assim, o acúmulo de água e área propícia à proliferação das larvas do Aedes aegypti.

No bairro Manoel Teles, a concentração foi também na Unidade Básica de Saúde (UBS) e visita às residências. Na Rua Antônio Gama, a casa de nº 157 da dona de casa Eulália Marai da Silva, de 65 anos, os agentes encontraram larvas do Aedes aegypti na caixa d’água de concreto e colocaram larvecida para combatê-las.

Ela foi orientada pelo supervisor geral dos agentes de endemias, José Fernandes, que tem 22 anos de trabalho na luta contra o Aedes aegypti, focado na dengue.

Na residência de nº 133 da família de dona Marinita da Silva Farias, 59 anos, também foram encontradas larvas tanto na caixa de concreto quanto na de plástico. Ambas foram esvaziadas. Todos receberam orientação e ficaram satisfeitos com a visita do mutirão.