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Interpol traz da Tanzânia mãe e padrasto do menino morto em SP

26/02/2016
Interpol traz da Tanzânia mãe e padrasto do menino morto em SP
(Foto: Reprodução/TV Globo)

(Foto: Reprodução/TV Globo)

Presos pela Interpol na Tanzânia em 25 de novembro, chegam ao Brasil na tarde desta sexta-feira (26) a mãe e o padrasto do menino Ezra, que foi encontrado morto em um freezer em setembro do ano passado.

Logo após a prisão foi dado início ao processo de extraditação dos procurados Lee Ann Finck e Mzee Shabani para o Brasil, de forma que quando chegarem em são Paulo poderão ser julgados pelas autoridades brasileiras segundo informações da Polícia Federal.

Conforme apurou o G1, o casal está sendo escoltado pela Interpol e desembarcará no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Logo após, serão levados para a superintendência regional do PF em São Paulo, onde ficarão a disposição da Justiça.

Em 3 de setembro câmeras do Aeroporto de Guarulhos registraram o casal deixando o país com as 2 filhas, no dia seguinte, Ezra Liam Joshua Finck de 7 anos, foi encontrado morto no freezer da casa onde morava com os pais Lee Ann Finck uma sul-africana de 29 anos e o tanzaniano Mzee Shabani de 27. Os dois foram encontrados em Bagamoyo, região costeira da Tanzânia, após a Interpol inserir o nome do casal na “difusão vermelha”, lista de foragidos internacionais.

O corpo do garoto foi enterrado em 29 de setembro depois de passar 25 dias no Instituto Médico Legal, a falta de parentes próximos da vítima que poderiam liberar o cadáver fez com que o Unicef enviasse um pedido a embaixada da África do Sul na tentativa de localizar familiares. Sem sucesso, o vice-cônsul sul-africano Thabo Sedibana liberou o enterro, e a Secretaria de Segurança Pública se prontificou a enterrar o garoto já que não haviam parentes para se responsabilizar pelo corpo.

Nascido na África, Ezra foi enterrado com apenas um coroa de flores que foi dada pelo IML, no dia 5 de outubro, foi realizada uma missa com a presença da Arquidiocese de São Paulo, da Pastoral da Menor e representantes do consulado da África do Sul que se manifestaram através da cônsul geral Mmaikeletsi Dube:  “é importante salientar que não é assim que o povo sul africano trata suas crianças”.

A prisão do casal Lee Ann Finck e Mzee Shabani  foi decretada em 15 de setembro, e conforme apurou o Portal G1 da Globo segundo uma testemunha, o padrasto  e Mzee Shabani confessou, por telefone, que a mãe do menino, Lee Ann Finck, “se excedeu e matou a criança e que ela estaria dentro de um freezer. Disse, por fim, antes de desligar o telefone, que fugiram para a África”.

O freezer em que Ezra foi encontrado, havia sido transportado da loja de doces dos pais até o apartamento no dia 28 de setembro, momento esse gravado pelas câmeras de vigilância do prédio. Cabe ainda ressaltar que a família já possuía um histórico de problemas, tendo o Conselho Tutelar atendido Ezra em julho de 2014 após denúncias de espancamento.

No mesmo ano o convívio familiar foi suspenso por uma liminar, porém a criança foi devolvida a família a pedido do mesmo, mas com acompanhamento do Centro de Referência de Assistência Social por seis mese