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Velho conhecido do brasileiro, Aedes aegypti voltou a assustar o país em 2015
A procura por repelentes em farmácias e drogarias de todo o país está em alta neste verão e o produto dificilmente é encontrado nas prateleiras. Tudo em razão da circulação de um velho conhecido do brasileiro: o mosquito Aedes aegypti. Além da dengue e da febre chikungunya, o vetor também transmite o vírus Zika, recém-chegado ao Brasil.
Na última semana de dezembro, o Ministério da Saúde alertou que as medidas de combate ao mosquito devem ser reforçadas durante as festas de fim de ano e as férias, período marcado por chuvas em muitos estados e com maior circulação de pessoas. A recomendação aos viajantes é que, antes de saírem de casa, façam uma vistoria para eliminar recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro.
O ciclo de reprodução do Aedes aegypti, do ovo à forma adulta, pode levar de cinco a dez dias. Por isso, segundo o governo, mesmo em uma viagem curta, é preciso estar atento aos cuidados e à prevenção. Um balde esquecido no quintal ou um pratinho de planta na varanda do apartamento, após uma chuva, podem facilmente se tornar foco do mosquito e afetar toda a vizinhança.
A coordenadora do Comitê de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei, explicou que o aumento de casos de infecção pelos três tipos de vírus durante o verão é esperado em razão de características biológicas do Aedes. Os ovos do mosquito, segundo ela, podem ficar grudados às laterais internas e externas de recipientes por até um ano sem água e, cinco ou seis dias após a primeira chuva, já formam novos insetos.
“No Brasil, as condições climáticas não são regulares. Há uma intersecção muito grande, com fenômenos como chuva e temperaturas mais altas acontecendo durante a maior parte do tempo. Temos áreas mais frias sim, mas somos um país de clima todo tropical. Na maior parte do ano, temos temperaturas que variam de amena a mais quente e áreas chuvosas”, destacou.
O Ministério da Saúde informou que enviou, este mês, larvicida a diversos estados do Nordeste e do Sudeste brasileiro em quantidade suficiente para tratar um volume de água equivalente a 3.560 piscinas olímpicas, totalizando mais 17,9 toneladas do produto utilizado para eliminar as larvas do mosquito.
Este ano, foram enviadas, ao todo, 114,4 toneladas de larvicida para todo o país, numa tentativa de tratar 57,2 bilhões de litros de água. Para o próximo ano, a pasta divulgou que já adquiriu mais 100 toneladas do produto, quantidade que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016, totalizando investimento da ordem de R$ 10 milhões.
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