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Sesau registra 139 casos suspeitos de microcefalia. Palmeira ocupa 3ª posição no número de casos em AL

04/01/2016
Sesau registra 139 casos suspeitos de microcefalia. Palmeira ocupa 3ª posição no número de casos em AL

 

De acordo com a situação dos registros na Região Nordeste, Estado ocupa sexta posição em relação ao número de notificações (Foto: Carla Cleto)

De acordo com a situação dos registros na Região Nordeste, Estado ocupa sexta posição em relação ao número de notificações (Foto: Carla Cleto)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) atualizou as informações sobre a notificação de microcefalia em Alagoas: são 139 casos suspeitos da doença, sendo 133 em recém-nascidos e 6 intrauterinos. Os dados atualizados nesta segunda-feira (4) são do Registro de Eventos de Saúde Pública referente às microcefalias (RESP-microcefalias) e das notificações recebidas pelo Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde de Alagoas (CIEVS/AL).

Segundo o município de ocorrência (serviço onde nasceu a criança), os casos suspeitos de microcefalia concentram-se em Maceió (46), Santana do Ipanema (35), Palmeira dos Índios (16), Penedo (9), Arapiraca (12), Delmiro Gouveia (5), União dos Palmares (4), São Miguel dos Campos (3), Murici (1), Maragogi (1) e Coruripe (1). Já o 6 casos intrauterinos foram identificados em Girau do Ponciano (1), Canapi (1), Porto Calvo (2) e Arapiraca (2).

A Sesau ressalta ainda, por meio de Nota Técnica, que os exames de imagem para acompanhamento dos casos iniciaram em 17 de dezembro de 2015, de forma ordenada e com prévio agendamento da Sesau com os municípios de residência dos  casos. A tomografia computadorizada do crânio dos bebês está sendo realizada no Hospital Geral do Estado (HGE).

A recomendação do Ministério da Saúde (MS) foi que, a partir do dia 19 de novembro de 2015, a ocorrência de microcefalia que atendessem a definição de caso fosse notificada de forma imediata às Secretarias Estaduais de Saúde. Os casos a serem notificados são os suspeitos durante a gestão e também os suspeitos de microcefalia no parto ou pós-parto.

Nordeste – A situação dos registros de casos de microcefalia na Região Nordeste, divulgada pelo Ministério da Saúde, coloca Alagoas na sexta posição em relação ao número de casos suspeitos, que são 139. O maior quantitativo de notificações está nos Estados de Pernambuco (1.153), Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154) e Sergipe (146).

SEGUE A NOTA TÉCNICA SOBRE A MICROCEFALIA:

Superintendência de Vigilância em Saúde – SUVISA Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis

 

Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde – CIEVS

 

Nota técnica

(Versão de 04/janeiro/2016– Atualização de dados)

 

ASSUNTO: Ocorrência da microcefalia em recém-nascidos no Estado de Alagoas

 

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio desta Nota Técnica, atualiza as informações sobre a notificação de microcefalia em Alagoas, ao mesmo tempo, ressalta que os exames de imagem para acompanhamento dos casos iniciaram em 17 de dezembro do corrente ano, de forma ordenada com prévio desta secretaria com os municípios de residência dos casos.

O Ministério da Saúde recomendou que, a partir do dia 19/11/2015, a ocorrência de microcefalia que atendessem a definição de caso (naquela ocasião), fosse notificada de forma imediata as secretarias estaduais de saúde. Em 07/12/2015 foi divulgado o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika, trazendo alterações na definição de casos suspeitos. Para efeito de notificação segue definições:

1.    Caso Suspeito durante a gestação  

•        Gestante com suspeita de exantema por vírus zika:

Toda grávida, em qualquer idade gestacional com doença exantemática aguda E que forem excluídas outras hipóteses de doenças e Infeciosas e causas não infecciosas conhecidas.

•        Feto com suspeita de microcefalia relacionada ao vírus Zika:

Achado ultrassonográfico de feto com circunferência craniana (CC) aferida menor que dois desvios padrões (< 2 dp) abaixo da média para a idade gestacional

•        Feto com suspeita de alteração de alteração no sistema nervoso central pós-infecciosa relacionada ao vírus zika:

Achado ultrassonográfico de feto com alteração no sistema nervosocentral (SNC) sugestiva de infecção congênita.

•        Suspeita de aborto espontâneo relacionado ao vírus zika:

1

Aborto espontâneo de gestante com relato de exantema, sem outras causa identificadas.

2.    Caso Suspeito de MICROCEFALIA no parto ou pós-parto 

•     Recém-nascido de microcefalia relacionada ao vírus zika:

Nascido vivo com menos de 37 semanas de idade gestacional E perímetro cefálico abaixo do percentil 3, segundo curva de Fenton

OU

Nascido vivo com 37 semanas ou mais de idade gestacional E perímetro cefálico menor ou igual a 32 cm, segundo as referências da Organização Mundial de Saúde.

•        Suspeita de natimorto relacionado ao vírus zika:

•                  Natimorto de qualquer idade gestacional E histórico de doença exantemática na mãe.

2.   Notificação e investigação de casos de microcefalia

Todos os casos notificados que cumprirem a definição de caso suspeito de microcefalia deverão ser investigados para identificação da ocorrência de alteração do padrão de microcefalia em nascidos vivos.

Embora tenhamos insistido para que a notificação chegue ao CIEVS/AL, alguns serviços têm notificado diretamente ao Ministério da Saúde, por meio do formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública referente às microcefalias (RESP – Microcefalias), no endereçowww.resp.saude.gov.br.

Importante alertar para a que a informação seja feita ao CIEVS/AL para que seja orientada a investigação pela Sesau ou junto à Secretaria Municipal de Saúde, além de orientar os encaminhamentos previstos no protocolo clínico dessas crianças (E – Notifica:[email protected]).

Somando os casos informados ao RESP-microcefalias às notificações recebidas pelo CIEVS/AL tem-se então 139 casos SUSPEITOS de microcefalia, sendo

133 casos em recém-nascidos e 6 casos intrauterinos.

Casos SUSPEITOS de microcefalia, segundo município de ocorrência (serviço onde nasceu a criança):

•        46 casos informados por serviços da Capital;

•        35 casos informados por serviços de Santana do Ipanema;

•        16 casos informados por serviços de Palmeira dos Índios;

•        9 casos informados por serviços de Penedo;

•        12 casos informados por serviços de Arapiraca;

•        5 casos informados por serviços de Delmiro Gouveia;

•        4 casos informados por serviço de União dos Palmares;

•        3 casos informados por serviço de São Miguel dos Campos;

•        1 caso informado por serviço de Murici;

•        1 caso informado por serviço de Maragogi;

•        1 caso informado por serviço de Coruripe.

6 casos intrauterinos, identificados a partir de serviços que realizam ultrassonografia (Girau do Ponciano, Canapí cada com um caso suspeito cada e Porto Calvo e Arapiraca com 2 casos suspeitos).

A)    Casos SUSPEITOS de microcefalia em recém-nascidos por região de saúde e município de residência

•        1ª Região (33 casos)

Maceió: 23 casos Coqueiro Seco: 1 caso Marechal Deodoro: 1 caso Rio Largo: 5 casos

Santa Luzia do Norte: 1 caso Pilar: 1 caso

Flexeiras: 1 caso

•        2ª Região (5 casos)

Japaratinga: 2 casos Maragogi: 1 caso

Matriz de Camaragibe: 1 caso São Luíz do Quitunde : 1 caso

•        3ª Região (6 casos)

Branquinha: 1 caso

São José da laje: 1 caso União dos Palmares: 1 caso Murici: 2 casos

Ibateguara: 1 caso

•        4ª Região (8 casos)

Chã Preta: 1 caso Paulo Jacinto: 4 casos Viçosa: 1 caso Quebrângulo: 1 caso Atalaia: 1 caso

•        5ª Região (4 casos)

Teotônio Vilela: 1 caso

São Miguel dos Campos: 2 casos Anadia: 1 caso

•        6ª Região (11 casos)

Piaçabuçu: 2 casos Penedo: 6 casos Coruripe: 2 casos Igreja Nova: 1 caso

•        7ª Região (13 casos)

Arapiraca: 10 casos Belo Monte: 1 caso

Girau do Ponciano: 1 caso Major Isidoro: 1 caso

•        8ª Região (11 casos)

Cacimbinhas: 2 casos Estrela de Alagoas: 2 casos Igaci: 2 casos

Palmeira dos Índios: 4 casos Maribondo: 1 caso

•        9ª Região (27 casos)

Santana do Ipanema: 8 casos Dois Riachos: 4 casos Olivença: 1 caso

São José da Tapera: 6 casos Pão de Açúcar: 3 casos Canapi: 2 casos

Olho DÁgua das Flores: 2 casos

Poço das Trincheiras: 1 caso

•        10ª Região (15 casos)

Delmiro Gouveia: 7 casos Inhapi: 2 casos Pariconha: 1 caso Piranhas: 3 casos

Água Branca: 1 caso Mata Grande: 1 caso

Situação das notificações no Brasil

A situação dos registros de casos de microcefalia, divulgada pelo Ministério da Saúde em 26/12/2015, é a seguinte:

A)   NORDESTE

1)     Pernambuco: 1.153 casos

2)     Paraíba: 476 casos

3)     Bahia: 271 casos

4)     Rio Grande do Norte: 154 casos

5)     Alagoas: 139 casos (atualizado em 04/01/2016)

6)     Sergipe: 146 casos

7)     Ceará: 134 casos

8)     Maranhão: 94 casos

9)     Piauí: 51 casos

B)   OUTRAS REGIÕES

10)   Mato Grosso: 72 casos

11)   Rio de Janeiro: 103 casos

12)   Tocantins: 49 casos

13)   Minas Gerais: 18 casos

14)   Espírito Santo: 32 casos

15)   São Paulo: 6 casos

16)   Goiás: 40 casos

17)   Mato Grosso do Sul: 3 casos

18)   Pará: 32 casos

19)   Distrito Federal: 11 casos

20)   Rio Grande do Sul: 1 caso

Dados sujeitos a alteração

Meios para notificação

Plantão CIEVS/SES/AL:98882-9752; 3315-2059; 0800 284 5415, E – Notifica: [email protected]

RESP: www.resp.saude.gov.br

A notificação ao CIEVS não isenta da notificação a ser realizada por meio dos sistemas de informação específicos (SINASC)